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Harvey Weinstein, de padrinho de Tarantino a acusado de assédio sexual

A partir do final dos anos 1990, o sobrenome Weinstein tornou-se nome constante por trás das grandes barbadas nas premiações da sétima arte. Harvey Weinsten, ao lado do irmão caçula, Bob, era dono da «casa» de produções como «Pulp Fiction», «Shakespeare Apaixonado» e «O Paciente Inglês».

Weinstein e Tarantino em foto de 2013

Se hoje Harvey é pivô de um escândalo que expôs mais uma vez o machismo em Hollywood, com acusações de assédio sexual e estupro, nos anos 1990 ele era simplesmente o padrinho de Quentin Tarantino e Robert Rodriguez e responsável por títulos como a série «Pânico», de Wes Craven, e «Gênio Indomável», que catapultou as carreiras de Matt Damon e Ben Affleck.

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No início da década seguinte, deu cabo da empreitada de transpor o clássico «O Senhor dos Anéis» para os cinemas.

Origem

O nova-iorquino Weinstein, 65 anos, começou de maneira relativamente modesta. A Miramax, fundada cerca de 20 anos antes de obter grande êxito, ficou conhecida por elevar à categoria do Oscar filmes antes reservados para o Sundance, festival independente.

Os estúdios dos Weinstein pareciam conceder grande liberdade criativa a seus diretores, uma aposta alta que até então não costumava ser recompensada nas premiações. Harvey parecia o leão de chácara perfeito para a tarefa. Com 1,83 metro, e, por muito tempo, quase 140 quilos, ele tinha um estilo agressivo com a concorrência.

Em 2005, pouco depois de vender a Miramax para a Disney, deixou a empresa e fundou, novamente com o irmão, a The Weinstein Company, que seguiu na ativa sedimentando as relações construídas em todo esse tempo. Tarantino e outros continuaram sob sua tutela. Também começou a se dedicar a séries e realities, como «Project Runway».

O escândalo

O produtor foi acusado por 13 mulheres de assédio e abuso sexual. Três delas alegam que foram estupradas. Entre os nomes que se manifestaram estão Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan e Romola Garai.

Com o escândalo, Weinstein viu ruir vida profissional e pessoal. Foi demitido da própria companhia e, em comunicado, afirmou que vai se submeter a um tratamento. Ele também foi banido da Bafta, academia britânica da sétima arte. A mulher, a estilista britânica Georgina Chapman, com quem estava desde 2007 e teve dois filhos, anunciou que pediu o divórcio e lamentou pelas situações a que as mulheres atacadas pelo ex-marido foram submetidas.

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