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Mobilidade urbana na escola: por que esse tema não deve ficar parado?

Esse é o título do guia recém-lançado pelo grupo Carona a Pé, que tem como objetivo refletir sobre a importância de ir a pé para a escola e sobre o que uma cidade precisa para ser caminhável, segura, gentil e acessível.

O Carona a Pé existe desde 2015, sensibilizando e capacitando a comunidade escolar que mora próxima para percorrer junta o trajeto de ida e volta da escola em pequenos grupos, em um horário pré-estabelecido, seguindo uma rota determinada. O propósito é estimular crianças e suas famílias a usufruírem o espaço urbano e construírem uma nova relação com a cidade onde vivem.

Em formato digital, e com recursos de acessibilidade, o guia está disponível para acesso e download gratuito no site da Fundação Grupo VW (www.fundacaogrupovw.org.br/materiais-educativos/), que apoia o projeto. É um guia não só para estudantes, mas também para educadores, gestores escolares e todos os cidadãos que reconhecem a necessidade de melhorar as cidades brasileiras.

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Filas duplas nas portas das escolas, com carros soltando emissões poluentes, pessoas estressadas, muita buzina e desrespeito não são, convenhamos, exemplos bacanas para formar as novas gerações.

O convite à mobilidade ativa pode começar desde cedo, na primeira infância, formando valores como empatia e respeito ao próximo, diversidade, cidadania e segurança. “O espaço público é rico, diverso e de todos. É circulando pelas ruas que boas perguntas e reflexões surgirão, principalmente do que não está bom e poderia melhorar”, diz Carolina Padilha, fundadora do Carona a Pé.

Renata Morettin, sócia-fundadora do Carona a Pé, conta que pensar o guia no contexto da pandemia, com a necessidade de isolamento, foi um desafio e tanto. “Por outro lado, depois de vivermos meses de pouca circulação, ficou evidente como os locais de convívio social e o contato com elementos da natureza são importantes e necessários para a saúde física e mental e o quanto é urgente pensar em uma cidade mais acessível e segura para todos”, afirma.

Em 97 páginas, o guia traz exemplos concretos, chamados de “Pílulas de Ação”, e sugestões para a elaboração de atividades pedagógicas com os alunos. “Mobilidade urbana é muito mais do que ir e vir. Acessibilidade, desenvolvimento sustentável, inclusão social, segurança viária, cidadania, eficiência na circulação pelas cidades… Esses são alguns dos princípios universais que estão vinculados ao tema, que é uma das causas de atuação da Fundação, e podem transformar significativamente o futuro das cidades”, afirma Vitor Hugo Neia, diretor da Fundação Grupo Volkswagen.

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