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Compre do pequeno

Valorizar o comércio do bairro deixa sua pegada ambiental mais leve e melhora a qualidade de vida da região ao estimular a economia local Dan Burton

Entre tantos aprendizados, a pandemia tem nos mostrado que é importante priorizar os pequenos negócios, comprar e usar os serviços do nosso próprio bairro, fortalecendo a região em que moramos. Os pequenos empreendedores, os que têm mais sofrido com essa crise sanitária, são os responsáveis por mais da metade dos empregos formais no Brasil.

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Quando a gente decide fazer as compras no empório familiar da esquina, cortar o cabelo no salão mais próximo ou experimentar os pães artesanais vendidos por um comerciante vizinho (em vez de recorrer aos pães da grande rede), estamos impulsionando a economia e contribuindo com um setor que gera 52% dos empregos com carteira assinada no país, nada menos que 17 milhões de postos de trabalho.

O dinheiro permanece na região, ajudando a florescer novos negócios e gerando mais empregos. A comunidade se fortalece e os comerciantes podem, assim, investir em inovação e qualificação de seus times. Além disso, o consumo no próprio bairro resulta em menos deslocamento pela cidade, menos estresse no trânsito e menos poluição ambiental. A mobilidade ativa é priorizada, pois as pessoas podem fazer as compras a pé ou de bicicleta.

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Dar uma força para o comércio do bairro, comprando do pequeno, torna a nossa pegada ambiental muito mais leve e sustentável. Sem os grandes movimentos pendulares, que marcam a mobilidade urbana em cidades como São Paulo, a vida fica mais fácil, saudável e prazerosa.

Desde o início da pandemia, o Sebrae tem ajudado a criar estratégias e alavancar as vendas de negócios locais e produções familiares com a campanha “Compre do Pequeno”, que estimula a compra de produtos e serviços nos próprios bairros.

E, ao que tudo indica, mesmo após a pandemia, prosseguirá a tendência de valorizar os vizinhos. Uma pesquisa feita pela consultoria Accenture mostrou que as pessoas têm buscado mais produtos e serviços em suas próprias regiões. Além da procura por segurança sanitária e rapidez, há a vantagem de não precisar recorrer ao carro ou ao transporte coletivo. Entre os entrevistados, 80% afirmaram que pretendem continuar consumindo em locais mais próximos a suas casas mesmo depois que toda essa crise passar.

É uma tendência do bem, pois melhora a qualidade de vida, uma vez que movimenta a economia local, ao mesmo tempo em que favorece a caminhada e o pedal, formas saudáveis, prazerosas e sustentáveis de locomoção.


O Pro Coletivo ajuda as pessoas a aproveitar a vida se locomovendo de forma inteligente

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