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Eles debocham de nós

“Ninguém entende de verdade a política até compreender que os políticos não estão tentando resolver os nossos problemas. Eles estão tentando resolver seus próprios problemas, dentre os quais ser eleito e reeleito são nº 1 e nº 2. O que quer que seja o nº 3 está bem longe atrás” – Thomas Sowell

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Não há nada que corroa mais a democracia do que uma classe política que vive massacrando os pagadores de impostos. É o caso brasileiro. Não por acaso qualquer pesquisa indica que os cidadãos estão odiando os políticos. E eles fazem por merecer. O exemplo mais recente foi a aprovação de um fundo de R$ 3,6 bilhões, aprovado na Comissão Especial da Reforma Política, para bancar as eleições em nosso país. Este valor gigantesco, formado pelo nosso suado e escasso dinheiro, será distribuído entre os mais de 30 partidos para que eles possam fazer campanhas eleitorais com tranquilidade. E ainda batizaram de “Fundo Especial de Financiamento da Democracia”. Que escárnio!

Com uma desfaçatez rara no mundo, os deputados federais decidiram que os cidadãos brasileiros, hoje enfrentando toda a sorte de problemas sociais, vivendo uma explosão de criminalidade, de falta de dinheiro, de empresas fechando, de desemprego, convivendo com serviços públicos miseravelmente mal prestados, é que vão pagar suas campanhas eleitorais. Diante disso, me digam: como não detestá-los? Como não embrulhar o estômago diante de tanto cinismo que desconsidera a vida real e difícil das pessoas?

Nas democracias modernas o Parlamento (Congresso Nacional) representa o povo com suas mais variadas matizes e anseios. Ao menos, em tese, deveria representar, sendo o fio condutor de valores e princípios básicos para o desenvolvimento e a paz social. Mas, sendo muito franco, estou convencido de que não é o caso do nosso. O Congresso é hoje, mais do que nunca, uma ilha da fantasia de gastos nababescos e irreais. Não nos custa lembrar que para manter 513 deputados federais e 81 senadores, sem falar na penca de milhares de funcionários públicos do poder, o custo é absurdo: R$ 10 bilhões por ano, nada menos que R$ 28 milhões por dia. Descalabro em um país pobre, de renda per capta baixa e índice de desenvolvimento humano sofrível. Um verdadeiro deboche!

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