Durante encontro, terça (16), com a cúpula do PSDB, preparatório do jantar ampliado de quarta (17) com sua bancada, o presidente Michel Temer reagiu inesperadamente, ao ser pressionado a refletir sobre o eventual apoio a um tucano para presidente da República, em 2018. “Sem problemas”, respondeu do alto de sua experiência. “Peço que me tragam o nome de consenso até amanhã, no jantar, e eu o apoiarei.”
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Sem consenso
O problema dos tucanos é exatamente este: eles não conseguem se entender sobre quem será o candidato do PSDB em 2018.
Afinando o tom
No jantar da véspera com Aécio Neves, extra-agenda, Michel Temer agiu como orientava Ulysses Guimarães: “afinou o tom” com o PSDB.
Serrista escapuliu
Temer quis conversar com o senador José Aníbal (SP), muito ligado a José Serra, até o chamou para baforar um charuto, mas ele escapuliu.
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Ao trabalho
O PSDB foi ciente, na reunião com Temer, de que precisa adiar seus perrengues e ajudar a garantir 60 votos contra Dilma, no julgamento.
Salão no TCU oferecerá ‘depilação de contorno’
Com a missão de zelar pelo bom uso dos recursos públicos, o Tribunal de Contas da União (TCU) achou relevante mobilizar sua área técnica para elaborar e promover uma concorrência pública com o objetivo de instalar um salão de beleza em suas dependências, a ser usado pelos ministros e servidores. Ainda impôs às empresas licitantes a oferta de serviços que incluem depilação de pernas e axilas e até “depilação de contorno”, nas partes íntimas. O salão funcionará durante o expediente.
Casa de massagens
O salão de beleza do TCU também oferecerá serviços de massagem relaxante e massagem estética para suas excelências.
Que vergonha
No salão do TCU, um prédio público, haverá corte de barba e cabelo, tintura e escova, além de manicure, pedicure e sobrancelha.
Banana para o País
O Tribunal de Contas não se deu ao trabalho de explicar seu salão de beleza. E o procurador do MP junto ao TCU desdenhou: “Nada a dizer”.
Banco dos réus
Dilmistas adoraram saber que ela vai ao próprio julgamento, apostando que ex-aliados ficarão constrangidos. Mas sua presença será formal, na condição de ré. Não vai participar das discussões, nem da votação.
Conhecida pelo despreparo e principalmente pelo destempero, Dilma poderá aplicar um certeiro tiro no próprio pé, indo ao Senado. Até porque sua decantada “honestidade” deverá ser posta em causa.
Sujeira censurada
A CPI da Funai/Incra chegará ao fim proibida – pelo ministro Ricardo Lewandowski – de examinar a quebra de sigilo de ONGs ligadas a gente do governo Dilma, suspeitas de desviar milhões que deveriam ser investidos em comunidades indígenas. Tudo foi para debaixo do tapete.
Sem interrupções
O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) acha que o julgamento de Dilma, como qualquer outro, deveria ocorrer sem interrupções. Ele avalia que a presença de Dilma não mudará o resultado final.
Explicar o quê?
A Câmara dos Deputados prometeu investigar a servidora flagrada pelo site Diário do Poder usando saiote de ginástica para bater o ponto de manhã cedo. Ela vai embora logo em seguida e retorna ao meio-dia, com os mesmos trajes, para bater o ponto “de saída” para o almoço.
Gaúchos a conhecem
Defensora dos “direitos” de quem faz vítimas, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) quis faturar prestígio, em Porto Alegre, no protesto contra a morte de uma médica. Foi enxotada aos gritos de “cúmplice”.
Dilma golpista
Dilma disse no Twitter que impedir protestos nas Olimpíadas “é golpe à nossa democracia”. Faltou contar que foi ela quem sancionou a lei. Aliás, semelhante a outra, que ela também propôs, na Copa de 2014.
Tropa oculta
Apesar de ter apoiado o impeachment de Dilma, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) foi flagrado pedindo votos pela presidente ré, a pretexto de ajudar petistas à beira de um ataque de nervos.
Pensando bem…
…é muito otimismo de Dilma marcar sua defesa para 96 horas após o início do julgamento do impeachment.