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Gatos têm micose

edimilson-migowskiCausada pelo fungo Sporothrix schenckii, a esporotricose é uma micose que pode afetar animais e humanos. Desde o final da década de 1990, no Estado do Rio de Janeiro, tem sido grande a ocorrência da doença em animais, especialmente em gatos. Só na capital, 622 cariocas foram contaminados entre 2014 e 2015. Os animais infectados podem transmitir a doença para humanos por meio de arranhões, mordidas e contato direto com a lesão. Por isso, é importante que o diagnóstico seja feito rapidamente e que o animal doente receba o tratamento adequado.

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Como a doença se manifesta

O gato é o animal doméstico mais sensível à doença. Foram 1.581 casos de gatos doentes entre janeiro e maio na rede municipal, segundo a Vigilância Sanitária. Neles, os sinais mais observados são feridas profundas, geralmente com pus, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente. Em humanos, a doença se manifesta na forma de lesões na pele, que começam com um pequeno caroço vermelho. Geralmente, aparecem nos braços, nas pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de carocinhos ou feridas. Como pode ser confundida com outras doenças de pele, o ideal é procurar um dermatologista ou infectologista para obter um diagnóstico adequado.

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Como prevenir

Uma boa higienização do ambiente pode ajudar a reduzir a quantidade de fungos dispersos e, assim, novas contaminações. É também importante não manusear demais o animal, usar luvas e lavar bem as mãos. O animal com suspeita de esporotricose deve ser levado a uma clínica veterinária. Em caso de morte dos animais doentes, não se deve enterrar os corpos, e sim incinerá-los, para evitar que o fungo se espalhe pelo solo. Fique bem, cuide-se bem!

Professor de Medicina e presidente do Instituto Vital Brazil, Dr. Edimilson Migowski escreve às quartas-feiras. 

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