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Cidadãos do mundo, acordem!

 

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diego-casagrande-colunistaSegurando cartaz com esta mensagem, uma jovem fotografada pela Agência Reuters em Casablanca, estampou as capas de muitos jornais mundo afora. Ela e milhares foram às ruas em solidariedade aos franceses, as mais recentes vítimas da barbárie do terrorismo islâmico. Eu disse “as mais recentes”. Antes tinham sido americanos, turcos, israelenses, ingleses, espanhóis, russos, tunisianos, kuwaitianos, egípcios, argentinos, iraquianos, paquistaneses, afegãos, indianos, quenianos, indonésios…

A carnificina dos jihadistas não tem limites, não respeita nada nem ninguém, tampouco segue qualquer regra civilizatória e jamais se comisera pelo sofrimento alheio. Ao contrário, estes grupos de muçulmanos radicais acreditam na violência extrema como única forma de erradicar aqueles que consideram descrentes e impuros perante Deus. Estacionados na idade média e aficionados pela ideia maníaca de que é possível impor uma crença única a todos os habitantes da terra, atacam locais onde é possível causar mais baixas, de shopping centers, bares e teatros até aviões e mesquitas no Oriente Médio, onde teoricamente haveria menos possibilidade de se encontrar pecados.

A crença totalitária destes fanáticos em nada combina com os valores de liberdade e humanidade arraigados no mundo ocidental, sobretudo nos EUA e Europa. Seus valores e princípios são antagônicos aos nossos, cujas raízes judaico-cristãs fizeram o homem florescer, prosperar e evoluir. O que para nós são virtudes conquistadas – direitos individuais, pluralismo político, diversidade sexual, respeito às mulheres, respeito às minorias, apreço pela ciência e pelas artes – servem de legitimação para que eles tentem machucar ainda mais o Ocidente e seus “infiéis”.

O terrorismo é vil. Suas causas ao longo da história podem ser políticas ou religiosas, mas os alvos da sanha são sempre os mesmos: populações civis desarmadas, indefesas, encurraladas, que se tornam cordeiros diante da matilha de lobos famintos por sangue. Nos dias atuais não há nada que possa ser comparado ao terrorismo em termos de brutalidade e infâmia.

Estamos presenciando o início de uma guerra de civilizações. A liberdade que tanto prezamos está sendo usada para nos sabotar. Ou as nações adotam medidas rígidas e eficazes de identificação, controle e proibição do discurso religioso de violência em seus territórios, ou ficará incontrolável.

Cidadãos do mundo, acordem!

Diego Casagrande é jornalista profissional diplomado desde 1993. Apresenta os programas BandNews Porto Alegre 1a Edição, às 9h, e Rádio Livre, na Rádio Bandeirantes FM 94,9 e AM 640

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