O Instagram nasceu com uma regra não escrita: apenas o seu próprio conteúdo é postado aqui. É por isso que, durante anos, não havia um botão para compartilhar novamente o conteúdo de outras pessoas no feed. O mundo mudou, o TikTok impulsionou fortemente o conteúdo viral e o próprio Meta testou isso no Threads.
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Resultado: o aplicativo inicia o repost real. Se você vir algo público que goste, com um toque, ele estará em seu perfil, com os créditos do criador original. Simples, nativo e sem truques.
Como funciona exatamente o repost?
O gesto é familiar se você usa o Threads, o X (antigo Twitter) ou o TikTok. Você verá o ícone de duas setas empilhadas; tocar nele permite repostar uma foto ou vídeo.
O conteúdo aparece no seu perfil com a menção automática do autor e também é adicionado a uma seção dedicada de “reposts” na sua página pessoal, uma espécie de vitrine onde todos os seus compartilhamentos são agrupados.
Você não precisa seguir a conta para repassar: desde que o conteúdo seja público, você pode.
Onde seus seguidores verão e como será exibido?
Seu repost é integrado ao seu perfil para que os visitantes possam encontrar tanto o que você cria quanto o que você recomenda. O objetivo é tornar a curadoria de conteúdo parte da sua identidade: você não apenas “carrega”, mas também “programa” seu próprio canal de descobertas.
Ao mesmo tempo, a postagem original mantém seu rastro; ou seja, o crédito visual e o link para o autor permanecem visíveis para que qualquer pessoa possa acessar a fonte sem se perder no caminho.
Por que o Instagram não oferecia isso antes?
A plataforma foi construída com base na autoria: o upload de suas fotos, seus vídeos, suas memórias. Por anos, evitou o botão de repost para não se tornar um mar de postagens virais repetidas.
Mas o ecossistema mudou. O TikTok transformou a recombinação em um esporte nacional, e as demais redes entenderam que compartilhar o conteúdo de outras pessoas também cria comunidade. Com o novo repost, o Instagram se alinha a essa lógica sem abrir mão do crédito ao criador.
Tudo o que é público pode ser repostado... e pronto?
A regra básica é esta: se for público, tudo bem. Mesmo assim, é importante usar de discrição. Republique com intenção, adicione contexto ao texto e respeite o espírito da publicação. Se o conteúdo for sensível ou muito pessoal, pedir permissão ainda é uma boa prática, mesmo que o aplicativo não a exija.
E se mudar de ideia amanhã, você pode despublicar a própria publicação para manter seu perfil organizado. Não há mistério com contas privadas: você não pode compartilhar nada que não seja público.
Qual a diferença entre isso e Stories ou enviar por DM?
Stories são efêmeros e duram 24 horas (a menos que você os salve nos Destaques); republicar no seu perfil é persistente e se torna parte do seu “arquivo” público. Enviar por DM é íntimo; republicar é editorializar para o seu público.
São ferramentas diferentes para momentos diferentes: agora você pode fazer recomendações de longo prazo sem perder o autor ou recorrer a capturas de tela.
O que o criador original ganha com tudo isso?
Visibilidade e tráfego direto. Cada republicação retém os créditos e um caminho para a conta original, facilitando que mais pessoas acessem suas publicações, as sigam, comentem e, por que não, se tornem fãs.
O Instagram, por sua vez, evita a fragmentação: você não precisa mais de aplicativos externos ou marcas d’água de terceiros para compartilhar o que curtiu.
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O repost veio para ficar no Instagram: a curadoria de conteúdo faz parte das redes sociais atuais. Agora você pode adicionar qualquer coisa que inspire, entretenha ou informe ao seu perfil, sem complicações e com os devidos créditos ao autor.
A plataforma não é mais apenas um álbum pessoal, mas sim uma revista.

