No mundo das Big Techs, não há espaço para dividir o primeiro lugar. Este ano, a Nvidia e a Microsoft estão em uma disputa acirrada para se tornarem a empresa mais valiosa do planeta. A chave? Chips, IA e uma sede insaciável por dominar o futuro digital.
O prêmio? Alcançar o marco simbólico (e muito real) de US$ 4 trilhões em valor de mercado primeiro.
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Nvidia pisa no acelerador... e ultrapassa pela esquerda
Com um valor de US$ 3,85 trilhões, a Nvidia não só ultrapassou a Microsoft em capitalização de mercado, como o fez após uma ascensão meteórica. Suas ações atingiram a máxima histórica de US$ 157,75 no final de junho, e o mais interessante é que sua ascensão parece não ter atingido o pico.
Em apenas 18 meses, seu valor dobrou graças ao boom da inteligência artificial.
Big Techs, donas do setor
Não é só a Nvidia. As Cinco Grandes (Apple, Microsoft, Nvidia, Alphabet e Amazon) somam mais de US$ 14,5 trilhões, representando impressionantes 32% do índice S&P 500. Para efeito de comparação: em 2002, todo o mercado americano valia menos que isso.
Hoje, algumas poucas empresas são mais poderosas do que todo o mercado era há duas décadas.
O fenômeno tem um nome: a economia do “vencedor leva tudo”. Empresas que controlam tecnologias-chave — como IA ou a nuvem — colhem uma parcela desproporcional do crescimento econômico. E isso, embora pareça lucrativo, também deixa os economistas nervosos: se uma delas falhar, pode abalar todo o sistema.
E por que tudo isso? Três letras: IA
A inteligência artificial é a força motriz por trás deste novo superciclo econômico. As empresas estão investindo quantias impressionantes em infraestrutura: até 2025, estima-se que os gastos cheguem a US$ 320 bilhões.
Para cada dólar investido em um chip da Nvidia, entre US$ 8 e US$ 10 são gerados em toda a cadeia tecnológica. Sim, o multiplicador é impressionante.
E além da questão financeira, há uma dimensão geopolítica. O controle da IA tornou-se estratégico, quase como o petróleo no século XX. Os Estados Unidos sabem disso: é por isso que estão restringindo as exportações de chips para a China, o que já custou bilhões à Nvidia. Tecnologia não é mais apenas negócios; é poder.
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Quem vencerá essa corrida de titãs? Descobriremos em breve. Mas uma coisa é certa: o futuro é programado com chips... e travado com números estonteantes.

