O plano parece futurista e ambicioso, como tudo o que a Tesla tem a oferecer: lançar uma frota de veículos autônomos sem motorista em Austin, Texas, que serão monitorados e, se necessário, controlados por humanos de outro local.
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Em outras palavras, direção remota. Mas, embora Musk afirme ser “superparanoico com a segurança”, muitos especialistas se perguntam se isso será realmente seguro ou apenas mais uma promessa difícil de cumprir.
O que é teleoperação?
Em termos simples, a teleoperação é como operar um robô (ou, neste caso, um carro) à distância, por meio de uma conexão sem fio. É usada para treinar a IA, monitorar seu desempenho e, quando as coisas ficam feias, assumir o controle direto.
No mundo dos robotáxis, isso não é novidade. Várias startups já o implementaram, embora cada uma com sua própria abordagem e limitações. Algumas, como a Waymo, permitem que os veículos perguntem aos humanos o que fazer em determinadas situações, mas sem que esses humanos assumam ativamente o volante.
Outras, como a Baidu na China, permitem a direção totalmente remota, quase como jogar um videogame.
As limitações são reais (e preocupantes)
O problema com essa tecnologia é bastante óbvio: ela depende de uma conexão de rede. E o que acontece se essa conexão cair no momento em que o carro estiver no meio de uma rua movimentada? Exatamente.
Philip Koopman, especialista em segurança de veículos autônomos da Carnegie Mellon, foi direto: “É uma tecnologia inerentemente pouco confiável”. Talvez funcione com uma frota pequena, como os 10 veículos que a Tesla planeja lançar em Austin, mas expandir isso para centenas ou milhares de unidades é outra história.
Até o ex-CEO da Waymo concordou: a direção remota, com suas latências e potenciais falhas de sinal, é “muito arriscada”.
Então, como a Tesla fará isso?
A verdade é que a abordagem exata permanece um mistério. Musk disse que os robotaxis navegarão apenas em áreas “seguras” de Austin e evitarão cruzamentos complicados. Ele também mencionou que humanos os supervisionarão remotamente e poderão intervir se algo der errado. Mas como exatamente? Não está claro.
A Tesla abriu vagas de emprego buscando operadores remotos capazes de acessar e controlar tanto os veículos autônomos quanto seus futuros robôs humanoides (sim, eles também estão a caminho).
A ideia é que, se um robotáxi ficar preso em uma rua de pedestres, por exemplo, o despachante possa “assumir o volante” de um local central.
A data de lançamento provisória é 22 de junho, embora o próprio Musk tenha reconhecido que ela pode mudar, justamente por questões de segurança.
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Será esta a solução definitiva para a operação de carros autônomos ou uma fase intermediária com mais riscos do que parece? A verdade é que a estreia da Tesla no mundo dos robotáxis será acompanhada de perto. E com razão.

