Imagina uma estrela explodindo. Parece o fim, não é mesmo? Mas na realidade, não é tão simples. T Coronae Borealis, também conhecida como a ‘Estrela Luminosa’ ou ‘T CrB’, está prestes a nos deslumbrar (novamente).
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É que este sistema binário, localizado a 3.000 anos-luz da Terra, explode aproximadamente a cada 80 anos. A última vez que vimos uma explosão de T CrB foi em 1946, embora a luz dessa explosão tenha chegado até nós 3.000 anos depois de ter ocorrido.
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O que sabemos sobre T Coronae Borealis?
A história de T CrB é fascinante, tendo sido observada pela primeira vez no ano de 1217 pelo abade alemão Abbott Burchard. Desde então, tem chamado a atenção de entusiastas e cientistas, com novas também registradas nos anos 1866 e 1946.
T Coronae Borealis é formada por uma anã branca e uma gigante vermelha. A gravidade da anã branca é tão poderosa que ela rouba hidrogênio de sua companheira vermelha, acumulando pressão e calor até que explode em uma nova.
Este ciclo regular de explosões, que não desintegra a estrela como em uma supernova, é o que mantém os pesquisadores ansiosos, aguardando o próximo grande clarão.
Lembremos que, ao contrário de uma supernova (que destrói a estrela), uma nova mantém a estrela intacta, mas com um brilho impressionante.
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E quando poderemos apreciar este espetáculo?
Embora os astrônomos ainda não tenham uma data exata, eles notaram sinais da próxima explosão. Diante disso, a NASA prevê que a nova será visível a olho nu em setembro de 2024.
Em março de 2023, T CrB começou a desaparecer, o que parece ser um sinal de que a nova está próxima.
Bradley E Schaefer, professor de Física e Astronomia na Universidade Estadual da Luisiana, afirma que será uma das estrelas mais brilhantes no céu durante alguns dias.
O que precisa para ver a explosão?
Apesar do que muitos possam pensar, não é necessário equipamento especializado: basta olhar para o céu.
Como saber se está vendo o correto?
Localize as duas estrelas mais brilhantes no hemisfério norte (Arcturus e Vega) e trace uma linha entre elas até encontrar a constelação de Hércules. Logo ao lado está a Corona Borealis, uma curva de estrelas em forma de U onde reside T CrB.
Uma vez que a nova explodir, será visível a olho nu por cerca de uma semana, brilhando tão intensamente que será impossível não notá-la. Normalmente, esta anã branca tem uma magnitude de +10, tornando-a visível apenas com telescópios; no entanto, quando explodir, brilhará com uma magnitude de +2, tornando-a inconfundível para qualquer observador.
Se não vir a estrela no início, não se preocupe, pois definitivamente a verá quando explodir. Enquanto isso, pode ter certeza de que a NASA estará observando o evento e avisará quando ocorrer.