Ciência e Tecnologia

As estrelas órfãs existem: NASA e ESA encontram 1,5 trilhão vagando sem galáxias

O telescópio espacial Euclid, um projeto da ESA em colaboração com a NASA e a SpaceX, tenta olhar para o espaço escuro do Universo

Telescopio Espacial Euclid
Telescopio Espacial Euclid Galáxia

Uma missão da Agência Espacial Europeia (ESA) em colaboração com a NASA e SpaceX descobriu uma quantidade impressionante de estrelas órfãs no Universo. Trata-se do telescópio espacial Euclid, um projeto lançado em órbita da Terra para estudar a matéria escura do cosmos e descobrir o que reside nela.

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A matéria escura para o Universo é como a água para a Terra, ocupando a maior parte do terreno. A separação entre as galáxias é composta por ela, e os cientistas querem observar o que poderia haver nessas regiões.

Foi assim que detectaram 1,5 trilhão de estrelas órfãs vagando pelo espaço. Esses corpos celestes não estão orbitando nada e foram encontrados nas fronteiras externas de um aglomerado que inclui milhares de galáxias, das estruturas de maior porte no cosmos, de acordo com o Space.com.

Os cientistas explicam que detectaram essas estrelas órfãs em uma região conhecida como o aglomerado de Perseu, localizado a 240 milhões de anos-luz da Terra.

Imágenes de las estrellas huérfanas (Crédito de la imagen: consorcio Euclid, LMU, MPE)
Estrelas orfãs Euclid, LMU, MPE

"Ficamos surpreendidos com nossa capacidade de enxergar tão longe nas regiões exteriores do aglomerado e discernir as cores sutis dessa luz. Essa iluminação pode nos ajudar a mapear a matéria escura se entendermos de onde vêm as estrelas dentro do aglomerado. Ao estudar suas cores, luminosidade e configurações, descobrimos que se originaram em pequenas galáxias", disse em comunicado a líder da equipe e cientista da Universidade de Nottingham, Nina Hatch.

“Esta nova observação sugere que o aglomerado massivo de Perseu pode ter experimentado recentemente uma fusão com outro grupo de galáxias. Essa fusão recente poderia ter induzido uma perturbação gravitacional, fazendo com que a galáxia mais massiva ou as estrelas órfãs se desviassem de suas órbitas esperadas, resultando na desalinhamento observado”, acrescenta o Dr. Jesse Golden-Marx, um astrônomo de Nottingham envolvido no estudo, conforme relatado pelo Eureka Alert.

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