A Airbus A321 partiu de Londres com destino a Orlando, na Flórida, com nove passageiros e dois pilotos, e tudo corria com tranquilidade até o piloto desligar o sinal do cinto de segurança e um dos tripulantes perceber que havia algo errado com uma das janelas, que estava ‘batendo’.
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Não seria um grande problema, se a aeronave não estivesse a 4 mil metros de altitude, e um vazamento da pressurização da cabine a essa altitude costuma ser fatal. O piloto rapidamente optou por retornar ao aeroporto de origem e conseguiu pousar antes que a janela se soltasse e algo pior acontecesse, para alivio de todos os passageiros.
O Departamento de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB) fez uma checagem na aeronave e descobriu que a espuma usada para segurar as janelas havia derretido ou estava faltando e mais de um vidro estava danificado e deformado, o que poderia ter causado um acidente grave durante o voo.
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Os agentes descobriram também que a aeronave foi utilizada para filmagens em solo e que poderosas luzes foram instaladas perto do avião para criar “a ilusão de um nascer do sol”. Os fortes refletores deveriam ter sido usados a pelo menos 10 metros de distância da aeronave, mas foram usados entre seis e nove metros durante pelo menos 5 horas consecutivas, aquecendo muito a fuselagem e, provavelmente, derretendo a espuma que reveste as janelas, por isso o passageiro tinha a impressão de que ela estava ‘batendo’.
Não foi especificado que tipo de filme foi feito ou onde seriam usadas as imagens.