A Polícia Civil informou nesta sexta-feira (7) que os indícios apontam que a adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que passou uma semana desaparecida e foi encontrada sem vida, com sinais de violência, em Cajamar, na Grande São Paulo, foi morta por ciúmes. Três suspeitos, que teriam tido ação direta no assassinato, são procurados em uma área de mata da cidade. A corporação ainda não revelou as identidades deles.
Até agora, a polícia tinha destacado que investigava sete pessoas suspeitas pelo envolvimento na morte de Vitória. Entre eles está Gustavo Vinícius, ex-namorado da adolescente, que deu informações divergentes e chegou a ter a prisão solicitada, mas a Justiça negou.
Até a publicação desta reportagem, as diligências seguiam em andamento e nenhum dos suspeitos procurados tinham sido presos.
Os três que são procurados são apontados como os executores do crime e também como os responsáveis por transportar o corpo, já que a investigação aponta que a vítima foi mantida em cativeiro, morta e só depois jogada na mata em que foi achada.
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Fio de cabelo
A investigação também aguarda o laudo da perícia de um fio de cabelo que foi encontrado dentro de um Toyota Corolla, que teria sido usado por suspeitos de envolvimento no caso, que teriam mexido com a garota na rua antes do sumiço.
Segundo a polícia, o Corolla pertence a um homem era vizinho de Vitória. Ele teria emprestado o veículo a Gustavo. A investigação ainda apura se era o ex-namorado quem estava na direção do veículo no momento em que Vitória foi abordada, mas os indícios apontam ao fato de que ele estava de posse do veículo no momento do desaparecimento.
O Corolla foi encontrado pela polícia e encaminhado para perícia, quando um fio de cabelo feminino foi encontrado. O material foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para análise que pode confirmar se era mesmo de Vitória. Em caso positivo, comprova que os suspeitos estiveram com a vítima antes do crime.
O dono do carro fugiu após o corpo da vítima ser achado, mas foi localizado no interior de São Paulo e levado para uma delegacia em Franco da Rocha para depoimento, na quinta-feira (6).
Relembre o caso
Vitória foi vista pela última vez no dia 26 de fevereiro. O pai da jovem sempre a buscava de carro no trabalho, mas naquela data o veículo estava em uma oficina e ela teve que voltar de ônibus. Logo que saiu do serviço, Vitória mandou uma mensagem por WhatsApp para uma amiga, quando disse que estava sendo perseguida por dois homens e que estava com medo.
A garota contou que, ao chegar no ponto de ônibus, um dos suspeitos entrou no mesmo coletivo que ela. Foi quando a amiga disse que poderia ser que ele também estivesse indo para casa ou, quem sabe, estivesse mesmo a perseguindo: “Espero que não”, respondeu a adolescente, que sumiu após embarcar no coletivo (assista abaixo).
Depois disso, Vitória não respondeu mais e também não voltou para casa. Testemunhas relataram à polícia que viram quando um carro, que levava quatro homens, seguiu a garota quando ela desceu do ônibus.
Uma operação de buscas foi montada na região, sendo que o corpo da adolescente foi achado na quarta-feira (5) em uma área de mata de Cajamar. Por conta do estado avançado de decomposição, os restos mortais passaram por exames de identificação no Instituto Médico Legal (IML). Porém, familiares da vítima logo a reconheceram por meio de tatuagens e um piercing no umbigo.
Segundo o delegado, a adolescente foi “muito machucada e a cabeça foi encontrada raspada”. Ela não vestia roupas e tinha apenas um sutiã enrolado na região do pescoço. O laudo necropsial apontou que ela morreu vítima de uma facada no tórax.


