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Caso Vitória: fio de cabelo achado em carro usado por suspeitos pode ajudar a esclarecer o crime

Veículo foi usado por dois homens investigados por mexerem com a adolescente antes do desaparecimento

Polícia ainda investiga o que aconteceu com a garota.
Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi achada morta após passar uma semana desaparecida em Cajamar, na Grande SP (Reprodução/Redes sociais)

Um fio de cabelo encontrado dentro de um Toyota Corolla pode ajudar a Polícia Civil a esclarecer a morte da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que passou uma semana desaparecida e foi encontrada sem vida, com sinais de violência, em Cajamar, na Grande São Paulo. O veículo em questão foi usado por dois homens investigados, que teriam mexido com a garota na rua antes do sumiço.

Segundo a polícia, o Corolla pertence a um homem era vizinho de Vitória. Ele teria emprestado o veículo a um ex-namorado da vítima, chamado Gustavo Vinícius, que também é investigado por suspeita de ligação com o crime. A prisão do rapaz chegou a ser pedida, mas a Justiça negou.

A investigação ainda apura se era Gustavo quem estava na direção do veículo no momento em que Vitória foi abordada, mas os indícios apontam ao fato de que ele estava de posse do veículo no momento do desaparecimento.

O Corolla foi encontrado pela polícia e encaminhado para perícia, quando um fio de cabelo feminino foi encontrado. O material foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para análise que pode confirmar se era mesmo de Vitória. Em caso positivo, comprova que os suspeitos estiveram com a vítima antes do crime.


O dono do carro fugiu após o corpo da vítima ser achado, mas foi localizado no interior de São Paulo e levado para uma delegacia em Franco da Rocha para depoimento, na quinta-feira (6).

Por enquanto, a polícia diz que sete pessoas são suspeitas por envolvimento na morte de Vitória. O delegado Aldo Galiano Junior disse que os indícios apontam para um crime motivado por vingança e que se assemelha aos assassinatos cometidos por facções criminosas.

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Relembre o caso

Vitória foi vista pela última vez no dia 26 de fevereiro. O pai da jovem sempre a buscava de carro no trabalho, mas naquela data o veículo estava em uma oficina e ela teve que voltar de ônibus. Logo que saiu do serviço, Vitória mandou uma mensagem por WhatsApp para uma amiga, quando disse que estava sendo perseguida por dois homens e que estava com medo.

A garota contou que, ao chegar no ponto de ônibus, um dos suspeitos entrou no mesmo coletivo que ela. Foi quando a amiga disse que poderia ser que ele também estivesse indo para casa ou, quem sabe, estivesse mesmo a perseguindo: “Espero que não”, respondeu a adolescente, que sumiu após embarcar no coletivo (assista abaixo).

Depois disso, Vitória não respondeu mais e também não voltou para casa. Testemunhas relataram à polícia que viram quando um carro, que levava quatro homens, seguiu a garota quando ela desceu do ônibus.

Uma operação de buscas foi montada na região, sendo que o corpo da adolescente foi achado na quarta-feira (5) em uma área de mata de Cajamar. Por conta do estado avançado de decomposição, os restos mortais passaram por exames de identificação no Instituto Médico Legal (IML). Porém, familiares da vítima logo a reconheceram por meio de tatuagens e um piercing no umbigo.

Segundo o delegado, a adolescente foi “muito machucada e a cabeça foi encontrada raspada”. Ela não vestia roupas e tinha apenas um sutiã enrolado na região do pescoço. O laudo necropsial apontou que ela morreu vítima de uma facada no tórax.

Garota disse que estava sendo perseguida antes se sumir
Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, foi vista pela última vez no dia 26 de fevereiro, em Cajamar, na Grande SP (Reprodução/Redes sociais)
       

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