A mãe da menina de nove anos encontrada em um porão após 18 horas desaparecida, falou sobre o trauma em entrevista à Rádio Gaúcha. De acordo com ela, na primeira noite de volta em casa, a criança se recusou a ficar no escuro.
“Ela não pode ficar no escuro, meu esposo foi apagar a luz e ela disse: ‘Não, não quero ficar no escuro, já fiquei no escuro demais e não vou ficar mais’”, disse a mãe, segundo o GZH.
A menina foi sequestrada e abusada sexualmente por um vizinho idoso de 61 anos em Tramandaí, no Rio Grande do Sul. Ele teria usado um picolé para atrair a menina, praticando o abuso posteriormente.
“Eu nunca desconfiei, eu não acreditei até agora. Mas o meu marido desconfiou, ele sempre disse: ‘A gente não sabe de onde vem, não conhece o passado’, meu marido sempre ficou com o pé atrás”, contou a mãe da vítima.
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Marco Antônio Bocker Jacob, identificado como o responsável pelo crime contra a menor, foi linchado pela população. Após o sequestro, ele a manteve em cativeiro. Marco tinha passagem na polícia pelos crimes de feminicídio, tráfico de drogas, furto em veículos, crueldade contra animais e lesão corporal. Por outro lado, a polícia não descarta o envolvimento de outras pessoas na ação.
O cativeiro foi descoberto na manhã de quarta-feira (26), quando a menina foi localizada em um alçapão escondido nos fundos da loja de conveniência do suspeito. Os policiais que tentavam realizar a prisão do homem foram surpreendidos por uma multidão, que conseguiu pegar o suspeito e o agrediu até a morte.
