Representantes de 11 países emitiram uma declaração conjunta “rejeitando categoricamente o anúncio da Suprema Corte de Justiça da Venezuela que indicava ter concluiu uma suposta verificação dos resultados do processo eleitoral e que busca validar os resultados não comprovados emitidos pelo órgão eleitoral.”
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Assinam essa declaração os governos da governos da Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.
O secretário geral da ONU voltou a pedir transparência na divulgação dos resultados da eleição no país logo após o Supremo Tribunal da Venezuela, controlada por Nicolás Maduro, validar a eleição do atual presidente e proibir a divulgação das atas das eleições.
E o Brasil...
Enquanto a maioria dos países da América Latina faz um pronunciamento forte deixando claro que não acreditam no resultado da eleição e criticando a postura do Supremo venezuelano, o governo brasileiro manteve silêncio e se limita a dizer que vai apenas reconhecer o resultado das eleições na Venezuela mediante a apresentação das atas.
O governo brasileiro, segundo articulistas, deve falar com a Colômbia para alinharem uma manifestação conjunta, muito provavelmente mais branda do que a apresentada pelos demais países, mas ainda não reconhecendo o resultado das eleições.
Evitando um ataque direto, o presidente Lula defendeu desde o começo a tese de que sejam feitas novas eleições, ideia prontamente rechaçada pelo governo venezuelano.
O presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, desdenhou da manifestação alegando que a Venezuela seguiu os mesmos passos do processo eleitoral brasileiro e ainda mandou um recado debochando do assessor internacional do governo brasileiro: “ouviu, Celso Amorim”.