O breaking, popularmente conhecido como breakdance, estreou nos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris, gerando expectativas e controvérsias. Apesar da empolgação inicial, a performance de alguns competidores, especialmente a da australiana Rachael Gunn, conhecida como Raygun, deixou um gosto amargo que poderia influenciar a decisão de incluir essa disciplina em futuros Jogos Olímpicos.
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Raygun, uma professora universitária de 36 anos com um doutorado em estudos culturais e uma longa história no breakdancing, tornou-se o centro das atenções durante as competições na Plaza de la Concordia. Sua performance, que alguns descreveram como "desastrosa" e "ridícula", foi recebida com duras críticas, especialmente nas redes sociais, onde vídeos de seus movimentos pouco convencionais se tornaram virais.
Os Jogos Olímpicos de Los Angeles de 2028 não terão breaking
Nos três confrontos na rodada classificatória, Gunn falhou em marcar um único ponto, terminando com um resultado geral de 54-0, tornando-se alvo de ridicularização e memes na internet. O impacto de seu desempenho levou muitos a questionar se o breaking terá uma segunda chance nos Jogos Olímpicos de Los Angeles de 2028.
Embora alguns usuários de redes sociais tenham apontado Raygun como a causa da exclusão do breaking da programação de Los Angeles, essa afirmação está incorreta. A decisão de não incluir o breaking em Los Angeles 2028 foi tomada em outubro de 2023, muito antes de Gunn fazer sua polêmica apresentação em Paris.
Os organizadores de Los Angeles 2028 decidiram adicionar mais seis esportes ao calendário, como críquete, beisebol, softbol, lacrosse, flag football e squash, esportes que consideram mais alinhados com a cultura esportiva americana.
O futuro do breaking no plano olímpico está em dúvida
Apesar das críticas, Gunn defendeu sua abordagem, afirmando que seu objetivo não era superar as competidoras mais jovens e tecnicamente superiores, mas expressar sua criatividade e originalidade em um palco internacional. "Eu nunca iria vencer essas meninas no que elas fazem de melhor, então eu queria me movimentar de forma diferente, ser artístico e criativo", declarou.
Entretanto, a Federação Mundial de Dança Esportiva, que supervisiona o breaking como disciplina, expressou sua decepção com a exclusão, mas já está focada em fazer com que a disciplina retorne como um esporte convidado nas Olimpíadas de Brisbane de 2032.