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Perícia revela que os passageiros da Voepass foram avisados sobre a queda da aeronave

A posição dos corpos de grande parte das vítimas revelou que os passageiros adotaram a “posição de emergência”, abraçando as pernas.

Equipe da Cenipa atuou no local do acidente.
Equipe da Cenipa atuou no local do acidente. (Reprodução)

Uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, dia 15 de agosto, revelou que as vítimas do acidente aéreo envolvendo o ATR-72 da Voepass foram informadas sobre a queda da aeronave. Conforme publicado pela CNN Brasil, a posição em que os corpos foram encontrados demonstra que eles foram avisados sobre a possibilidade de queda e orientados a adotar a postura de emergência.

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As informações foram divulgadas por Claudinei Salomão, Superintendente da Polícia Técnico Científica do Estado de São Paulo. De acordo com sua declaração, a maioria dos corpos estavam na chamada “postura de emergência”, abraçando as pernas e com a cabeça baixa. No entanto, a confirmação só será possível após a emissão do laudo preliminar que deve ser feito pela Cenipa.

“Brace”

A “postura de emergência”, também conhecida como “brace”, tem como objetivo preparar os passageiros para diminuir os impactos causados por uma possível “aterragem” forçada. Para tal, a orientação é de que os passageiros coloquem a cabeça entre os joelhos e abracem as pernas.

Em declaração, Salomão afirmou que a posição dos corpos também auxiliou no trabalho das equipes de perícia, visto que as mãos foram preservadas. “Essa posição em que grande parte dos corpos foram encontrados favoreceu muito o trabalho pericial, pois as mãos estavam íntegras. Isso oportunizou que a identificação papiloscópica fosse feita, reconhecendo as vítimas pelas digitais”.

Com base nestas informações, é possível acreditar que a cabine de comando da aeronave tenha alertado os passageiros sobre a possibilidade de queda. Além disso, a Polícia Científica do Estado de São Paulo também garantiu que é provável que nenhuma das 62 vítimas tenha enfrentado qualquer tipo de sofrimento.

“Uma queda de quatro mil metros em menos de dois minutos faz com que o corpo humano sofra movimentações tão sérias que levam ao desmaio. A morte de todos ocorreu na batida, através dos inúmeros traumas sofridos, mas a tendência é que todos já estivessem desmaiados”.

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