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Polícia procura por autores de soltura de balão que deixou rastro de destruição na Zona Leste de SP

Vídeo mostrou preparativos de grupo; 400 mil imóveis ficaram sem luz e três veículos foram danificados

Apesar da situação, ninguém se feriu
Queda de balão gigante causa transtornos e deixa moradores sem energia na Zona Leste de SP (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil de São Paulo trabalha para identificar os responsáveis pela soltura de um balão gigante, que causou um rastro de destruição na Zona Leste, na madrugada de segunda-feira (22). Além de deixar 400 mil imóveis sem fornecimento de energia, o equipamento pendurou uma moto na fiação elétrica, tombou um carro e quebrou o vidro de outro. Ele se incendiou ao cair, atingindo um pátio de uma creche e um imóvel. Por sorte, ninguém se feriu.

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Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a preparação antes da soltura do balão, que tinha cerca de 75 metros de altura. Veja abaixo:

De acordo com a Enel, por conta de danos causados à fiação elétrica, sete bairros da região tiveram o fornecimento de energia suspenso. Para 95% dos clientes a luz voltou rapidamente, mas uma boa parte ficou no escuro ao longo da segunda-feira enquanto era realizada a devida manutenção na rede.

Antes de cair, o balão circulou bem baixo por Itaquera, onde ergueu uma motocicleta e a deixou pendurada na fiação elétrica na Rua Jaguaruna. O balão também atingiu e tombou um carro na mesma localidade e ainda quebrou o vidro de mais um.

Depois ele seguiu e caiu na área do parquinho creche, sendo que também atingiu alguns imóveis, por volta das 3h. Apesar das chamas, não foram registrados feridos e os bombeiros controlaram a situação.

“Temos algumas investigações em curso, alguns grupos de baloeiros já identificados. É uma conduta criminosa, porque causa incêndio, prejuízos materiais, até as pessoas são lesionadas, existe risco de morte”, afirmou o delegado Renato Francisco de Camargo Mello, em entrevista à TV Globo.

Vale lembrar que a prática de soltar balões é considerada crime, prevista na Lei 9.650, de 1998. Quem for flagrado pode ser condenado a até 3 anos de prisão ou multado. E a penalidade também pode ficar salgada, já que a multa começa em R$ 10 mil e pode ficar mais cara, de acordo com os danos causados.

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De acordo com o governo de São Paulo, entre janeiro e junho deste ano foram aplicadas 44 multas por fabricar, vender, transportar ou soltar balões e o valor passou de R$ 1 milhão. Desde o começo do ano, 12 fábricas clandestinas de balões foram fechadas em todo estado de São Paulo pela PM Ambiental e 35 balões foram apreendidos.

Motoboy lamenta prejuízos

O motoboy Kaue Ribeiro Ramos, de 20 anos, que teve sua motocicleta arrastada e pendurada na fiação elétrica, lamentou os prejuízos sofridos. O carro da mãe dele também foi tombado pelo balão.

“Eu estava dormindo junto com a minha mãe. Quando eu acordei com um barulho de batida, meio que explosão. E quando eu olhei, estava passando um balão, que arrastou minha moto, tombou o carro da minha mãe e pegou no carro da vizinha. E arrastou minha moto até o fio. Levantou a moto e pegou no fio”, relatou ele.

O rapaz disse que nenhum dos três veículos danificados pelo balão tem seguros. Assim, ele, a mãe e a vizinha lamentam ao ver os prejuízos. O motoboy abriu uma vaquinha online para quem quiser ajudá-los a arrecadar fundos para os reparos.

Incidente também deixou moradores de sete bairros no escuro
Além de pendurar moto em fios elétricos, balão causou danos em dois veículos, na Zona Leste de SP (Reprodução/ X (Twitter))

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