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Recuperação de apagão global é manual e será lenta, segundo especialista

Problemas no sistema da CrowdStrike, que afetou o mundo todo, vai demorar para ser resolvido, de acordo com diretor de tecnologia

Recuperação de apagão global é manual e será lenta, segundo especialista
Recuperação de apagão global é manual e será lenta, segundo especialista Imagem: reprodução redes sociais/X

O apagão cibernético que afetou diversos países vai demorar para ser reestabelecido de forma completa, de acordo com um especialista da área.

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Em entrevista ao g1, Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks, comentou que a recuperação dos computadores afetados pelo problema é manual e lenta, pois precisa ser feito individualmente em cada máquina.

Ele também diz que, para o erro ser corrigido, o profissional de TI precisa remover a atualização, que causou o problema global, em diversas etapas, e que um usuário comum teria dificuldades de realizar.

O especialista também explica que, para uma empresa ser afetada pelo erro, ela precisa de três fatores: ser usuária do sistema operacional Windows; ser cliente da CrowdStrike, empresa que provocou o problema, e ter permitido a atualização do produto durante a madrugada.

Ayub afirma que o impacto foi menor no Brasil em relação aos outros países afetos devido a combinação destes fatores.

“A atualização em sistemas de segurança não é prudente postergá-las, pois isso aumenta a vulnerabilidade. Seria análogo a adiar tomar um remédio para prevenir uma doença”, disse o especialista.

Apagão cibernético global afeta comunicação, serviços bancários e paralisa voos em vários países

O apagão cibernético de escala global afetoi serviços de telecomunicações, bancários e a operação de voos em vários países nesta sexta-feira (19). O problema estaria relacionado a uma empresa chamada CrowdStrike, que fornece serviços de segurança digital, segundo informou o governo da Austrália.

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Foram pontuados problemas em empresas de mídia, transportadoras, bancos e de telecomunicações em países como Estados Unidos, Austrália, Holanda, Panamá, Reino Unido, Alemanha, França, África do Sul, Índia, Espanha, Emirados Árabes, entre outros.

As principais empresas aéreas dos Estados Unidos - American Airlines, United e Delta - interromperam voos alegando falhas de comunicação, sendo que a operação já foi retomada aos poucos. Já a JetBlue, que opera voos domésticos naquele país, seguiu funcionando normalmente. Os problemas de comunicação chegaram a afetar o serviço de emergência 911 no Alasca.

Coletas de exames em hospitais de São Paulo foram afetadas

apagão cibernético global, que prejudica operações de voos, bancos e diversos outros serviços em vários países nesta sexta-feira (19), também gera reflexos em hospitais de São Paulo. As falhas em sistemas afetaram marcações de consultas, atendimentos e até mesmo na coleta de exames laboratoriais.

O Hospital das Clínicas, um dos maiores da Capital, informou que os equipamentos que usam a plataforma Windows 10 ficaram fora do ar, prejudicando os atendimentos. O apagão atingiu o Sistema de Informações Gerenciais da Ebserh (SIG), mas, segundo a unidade de saúde, a falha já está em processo de normalização.

Já o Hospital Albert Einstein, localizado na Zona Oeste da Capital, registrou problemas em um sistema fornecido pela CloudStrike, a empresa onde supostamente a falha global começou, durante a madrugada de hoje. A assessoria de imprensa da unidade destacou que logo os técnicos realizaram a correção, fazendo com que os atendimentos não fossem prejudicados. O hospital ressaltou que, nesta manhã, os pacientes foram atendidos normalmente.

No Hospital Sírio Libanês, que também fica na Zona Oeste, foi registrada uma lentidão “em virtude da instabilidade nos sistemas gerada pela atualização do software de segurança da Microsoft”. “Nossos sistemas foram restabelecidos rapidamente, e de forma gradual as rotinas foram normalizadas, sem grandes impacto para nossos pacientes, com exceção da coleta de exames laboratoriais, que foram temporariamente suspensas, uma vez que nosso parceiro que processa as amostras está enfrentando o mesmo problema”, destacou o Sírio Libanês.

Por volta das 12h30, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital, o serviço foi totalmente reestabelecido. “A coleta de exames laboratoriais no hospital e unidades do Hospital Sírio-Libanês já foi reestabelecida. Todos os hospitais e unidades estão operando normalmente, com processos e serviços fluindo sem intercorrências”, diz o comunicado oficial.

O laboratório Fleury também informou, em nota, que teve seus sistemas afetados pelo apagão cibernético global. Porém, ressaltou que os atendimentos são realizados normalmente.

“Informamos que seguimos atendendo todos nossos clientes. Tão logo surgiu esse problema de tecnologia de impacto global, nossas equipes atuaram rapidamente para garantir a retomada segura das operações, o que está nos permitindo o atendimento aos clientes no dia de hoje”, destacou a empresa.

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