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Um ano após a tragédia do Titan, super-ricos seguem investindo no mercado de submersíveis

O mercado de submersíveis deve faturar mais de US$2,6 bilhões até 2032, contrariando as expectativas após o acidente que vitimou os cinco tripulantes do Titan.

Submarino “Titan” Submarino “Titan” (HANDOUT/AFP)

O dia 18 de junho de 2023 foi marcado pela tragédia que vitimou os cinco tripulantes do submersível Titan. A pequena embarcação da OceanGate tinha como destino a expedição Titanic, uma viagem ao fundo do oceano para oferecer aos passageiros um breve vislumbre do naufrágio.

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Diante do acidente, era esperado que o mercado de submersíveis particulares passasse por momentos complicados, mas segundo O Globo a realidade é completamente diferente. Enquanto uma investigação sobre o acidente com o Titan segue em andamento, o mercado de viagens submarinas continua recebendo investimentos exorbitantes. Em partes, ele está sendo movido por super-ricos que seguem dispostos a pagar valores exorbitantes por experiências únicas.

Conforme a publicação, um levantamento de uma consultoria americana realizado em maio revelou que o setor de viagens particulares submarinas movimentou mais de US$370 milhões no ano de 2021, sendo que ele deve superar a quantia de US$2,6 bilhões até o ano de 2032.

Segundo as declarações de Salvatore Mercogliano à publicação, o caso do Titan foi um acontecimento isolado, e o histórico geral deste mercado pode ser considerado “incrivelmente seguro”. Ele até mesmo confirmou que no dia seguinte à tragédia outros submersíveis de passeio operaram normalmente nas Bahamas, no Caribe e na Costa da Austrália.

Submersível particular

Atualmente é possível adquirir um submersível particular. No entanto, possuir e manter uma embarcação como esta não é barato. Além de um iate de, no mínimo, 36,5 metros, é necessário possuir os equipamentos para lançamento e navegação, chegando facilmente a alcançar valores milionários se considerar a infraestrutura necessária como um todo.

Apesar disso, este tipo de embarcação acabou se tornando comum em navios de cruzeiro e iates particulares. Em alguns casos, até hotéis possuem seus próprios “minissubimarinos” para passeios.

Em termos de mercado, a demanda por embarcações submersíveis segue em alta. Para destacar seus produtos, sejam eles expedições ou os veículos em si, os empresários fazem questão de ressaltar que os projetos e veículos são diferentes do Titan justamente devido a seu caráter “experimental”.

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