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Adolescente agrediu a mãe por ficar sem celular antes de matar idosos e o genro deles, diz polícia

Genitora disse que menor era usuário de drogas e agressivo; ele foi achado morto em prédio abandonado

Polícia ainda apura motivação
Casal de idosos e genro foram encontrados mortos com marcas de facadas, em Agudos, no interior de SP (Reprodução/Redes sociais)

O adolescente de 15 anos, apontado como o principal suspeito de matar três pessoas da mesma família em Agudos, no interior de São Paulo, tinha brigado com a mãe por ficar sem celular antes dos crimes. Conforme a Polícia Civil, ele invadiu a casa dos vizinhos e fugiu levando o aparelho telefônico de uma das vítimas. Após buscas, o menor foi encontrado sem vida em um prédio abandonado na cidade de Bauru, também no interior paulista.

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Em depoimento, a mãe do adolescente contou que ele era usuário de drogas e costumava misturar remédios com bebidas alcoólicas. O garoto apresentava um comportamento agressivo e, quando a mulher retirou o celular dele, chegou a atacá-la.

O delegado Marcos Jefferson contou, em entrevista ao site G1, que uma irmã também confirmou que o adolescente consumia entorpecentes. Segundo os relatos, ele costumava subir no telhado da casa em que morava para usar as drogas, sendo que o imóvel ficava nos fundos da casa dos idosos Joana Fátima Sanches Carrasco, de 70 anos, e Aparecido Roberto Carrasco, de 74. Além dos dois, foi assassinado também o genro deles, Valdinei de Souza, de 57.

A irmã relatou, ainda, que ouviu passos e cima da casa na manhã de sexta-feira (24), mas logo depois o adolescente voltou, tomou banho, colocou as roupas em um saco e saiu. Ele ficou cerca de 40 minutos fora e depois retornou, quando os corpos das vítimas já tinham sido achados e a polícia estava no local.

A mãe e a irmã disseram que o adolescente comprou roupas novas e contou que iria para Bauru, para onde seguiu na noite de sexta-feira. Ele só foi encontrado na manhã de segunda-feira (27), já sem vida. Conforme a polícia, ele tinha um ferimento nas costas, mas ainda não é possível afirmar se sofreu um acidente ou se o caso se trata de homicídio ou suicídio.

O delegado destacou que o caso segue em investigação, como latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Também é apurada as circunstâncias do falecimento do menor.

Relembre o caso

O garoto passou a ser investigado depois que os vizinhos foram achados mortos em casa, no bairro Professor Simões, em Agudos, na manha de sexta-feira. A filha dos idosos e esposa do homem, Karina Sanches Carrasco, de 46, foi quem encontrou os corpos com marcas de facadas.

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Conforme a polícia, Karina, que é servidora pública, disse que estava trabalhando e não conseguiu falar com Valdinei. Ela sabia que o companheiro tinha saído para caminhar e, no trajeto, sempre passava na casa dos sogros. Assim, ela tentou contato com os pais, sem sucesso.

A mulher decidiu ir até a casa dos pais e, chegando lá, já encontrou os dois e o marido mortos. Joana estava caída na cozinha, enquanto Aparecido Roberto estava na sala. Já o corpo de Valdinei estava em um dos quartos. Além disso, segundo Karina, o fogão da casa estava pegando fogo.

O socorro foi acionado, mas as vítimas já estavam sem vida. Os corpos foram recolhidos e encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), onde passaram por exames necropsiais. Depois disso foram liberados e os sepultamentos foram realizados no sábado (25).

Havia a suspeita de assalto, mas a polícia disse que nada tinha sido levado e não havia sinais de arrombamento no imóvel. Estranhamente, o adolescente, que morava na vizinhança, desapareceu e passou a ser investigado. Após buscas, o adolescente foi encontrado morto.

Motivação dos crimes ainda é um mistério
Casal de idosos e genro são achados mortos a facadas dentro de casa em Agudos, no interior de SP (Reprodução/TV TEM)

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