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Sem previsão de alta, entregador baleado por PM segue internado na UTI

Nilton Ramon Barromeu de Oliveira já passou por duas cirurgias e segue internado na UTI.

Vídeo gravado por Nilton mostra parte da discussão com o PM.
Vídeo gravado por Nilton mostra parte da discussão com o PM. (Reprodução / Twitter)

O entregador Nilton Ramon Barromeu de Oliveira, segue se recuperando após ser baleado pelo policial militar Roy Martins Cavalcanti. Segundo informações divulgadas pela família do rapaz, Nilton permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Salgado Filho, no Rio de Janeiro.

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Conforme publicado pelo O Globo, o entregador já passou por duas cirurgias na região da coxa esquerda e estava entubado em estado grave. Em fala, a família do rapaz conta que na manhã deste sábado ele conseguiu se alimentar sozinho pela primeira vez. A declaração foi feita por Jurandir Junior, tio de Nilton.

“Ele está se alimentando, está se recuperando bem apesar de ainda não ter previsão de alta. Estamos aqui na torcida”.

Entenda o caso

O entregador Nilton de Oliveira, de 25 anos, foi baleado pelo policial Roy Martins que foi tirar satisfações com o entregador após ele se recusar a entrar no condomínio para realizar a entrega do pedido.

Diante da recusa da esposa do policial em ir até a portaria do condomínio, o entregador teria cancelado o pedido e retornado ao estabelecimento, mas foi seguido pelo militar que iniciou uma discussão.

Pessoas que estavam no local registraram a confusão e, em determinado momento do vídeo, é possível ver Roy mostrando uma arma para Nilton, que estava desarmado. O tiro de Roy atingiu a artéria femoral de Nilton.

“Deu pra ver que os dois estavam alterados. Que era uma discussão. Mas nada justifica um policial militar, pago para nos proteger, sacar uma arma e dar um tiro. Isso é injustificável”, afirma o tio do entregador.

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Ao se apresentar na delegacia, Roy alegou legítima defesa e afirmou ter feito um torniquete na perna do entregador enquanto acionava o socorro.

O caso segue sob investigação da 28ª DP e um processo na Corregedoria da Polícia Militar foi instaurado.

Leia também: PM atira em entregador após se recusar a descer para buscar pedido na portaria

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