No próximo domingo, 21 de novembro, ocorre a primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Neste primeiro dia serão aplicadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias e redação. Já na segunda etapa, marcada para o dia 28, domingo, as provas são matemática e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias. Em meios às polêmicas envolvendo a prova, alguns jovens das periferias de São Paulo relataram as expectativas e o preparo para a edição de 2021.
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Ana Luiza Araújo tem 17 anos, é estudante do ensino médio e mora no Parque Nova Santo Amaro, extremo sul de São Paulo. Para ela, o Enem é uma oportunidade para ingressar em uma universidade publica ou privada através das bolsas do Sisu ou Prouni, que são disponibilizadas para quem tira notas altas na prova. Ela tem receio que o exame seja adiado, mesmo que já esteja confirmado pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Danilo Dupas. “Minha expectativa agora é que não haja adiamento da prova, que as lideranças do INEP tentem no mínimo zelar pelo bem estar e a saúde mental dos estudantes brasileiros”.
A estudante ainda diz que o retorno obrigatório das aulas presenciais na rede pública de ensino atrapalhou seus estudos para a prova: “a princípio a pandemia atrapalhou, tinha um ritmo de estudos, e esse ritmo diminuía gradativamente, mas consegui reverter e focar. Porém, o retorno presencial obrigatório nas escolas acabou por me atrapalhar novamente, me acostumei no meu ritmo, e tive que me adaptar a um outro”, comenta.
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Para o músico Jonatas Rulli, de 32 anos, morador de Ribeirão Preto (SP), a prova está cada vez mais difícil com o passar dos anos. Ele já participou do exame em duas oportunidades, em 2006 e 2019, e, mesmo não conseguindo se dedicar tanto aos estudos, almeja conseguir uma bolsa em uma universidade de ‘renome’ a partir da sua nota. “Hoje as questões interpretativas exige muito do candidato, a gente termina a prova esgotado. A prova deveria ser diferente, mais fácil para quem vem das periferias”, desabafa.
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Já a estudante Un Hwa Chan Moreira de 18 anos diz que todo ano a prova é uma surpresa. A moradora do bairro Vila Mesquita dedica de 6 a 8 horas por dias aos estudos e pretende cursar nutrição. Para ela, a pandemia de covid-19 teve seus prós e contras em relação aos estudos para o Enem. “Ficar em casa te deixa sem opção a não ser se esforçar mais para estudar, você não tem uma desculpa. Mas ficar presa também dava aquela tristeza de não ver pessoas queridas”, comenta a estudante.
Instituído em 1998, o exame já passou por diversas mudanças. Atualmente a prova acontece em dois domingos, separando as matérias em linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias e redação e matemática e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias. Desde o ano passado, em virtude da pandemia de covid-19, o participante pode escolher entre fazer o exame impresso ou digital, com provas aplicadas em locais escolhidos pelo Inep.
Veja abaixo o cronograma do primeiro dia da prova:
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