O estado de São Paulo atingiu na tarde desta quarta-feira (10) o índice de 71,1% da população totalmente vacinada contra a covid-19. Isso representa mais de 32,8 milhões de pessoas imunizadas com as duas doses ou com dose única. Já em relação apenas a população adulta, a taxa chega a 90,11%.
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“São Paulo é o primeiro estado do Brasil a chegar a 90% da população adulta totalmente vacinada contra a covid-19. Um recorde histórico”, destacou o governador João Doria (PSDB). Segundo ele, o índice de 71,1% da população em geral imunizada também representa o primeiro no Brasil.
De acordo com a coordenadora do Plano Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula, apesar dos índices positivos, ainda existem 5,4 milhões de faltosos, que são aquelas pessoas que tomaram apenas uma dose das vacinas.
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“Queremos agradecer toda a população que acredita no trabalho que está sendo desenvolvido. Mas precisamos alertar que as pessoas faltosas retornem para concluir o esquema vacinal. Antecipamos a Astrazeneca de 12 para 8 semanas, mas estamos com problemas, só no caso da Pfizer são mais de 3 milhões de pessoas que não voltaram. Lembrando que essa vacina também teve prazo antecipado de 12 para 8 semanas. Se vacinar é um ato coletivo, para toda a população”, disse Regiane.
Entre os que mais precisam se vacinar com a segunda dose estão os adolescentes entre 12 e 17 anos. Apenas 27% desta população completou o esquema vacinal, sendo que 96% dos adolescentes já tomaram pelo menos uma dose da vacina. Todo este público já ultrapassou as oito semanas de intervalo entre as doses.
Dose de reforço
O governo divulgou que, entre os dias 17 e 30 de novembro, a população acima de 60 anos e profissionais de saúde que tomaram a segunda dose ou dose única dos imunizantes no mês de maio deste ano estarão elegíveis para tomar a dose de reforço. Elas deverão procurar os postos de saúde com o comprovante de vacinação.
Esse público é estimado em 1,1 milhão de pessoas. “Todos devem ficar atentos a essas datas, para que tomem a terceira dose e garantam ainda mais o reforço da imunização”, destacou Regiane.
Zero mortes no estado
Na última segunda-feira (8), pela primeira vez o estado de São Paulo não registrou nenhuma morte por covid-19. O órgão ressaltou que nenhum óbito foi incluído no sistema, mas isso não necessariamente significa que não ocorreram mortes nas cidades paulistas.
Habitualmente durante as segundas-feiras os dados divulgados são abaixo da média semanal, já que os municípios registram os óbitos no sistema oficial Sivep-gripe durante o domingo. No entanto, segundo o governo, desde que a primeira morte pelo novo coronavírus foi registrada no estado em março de 2020, este fato ainda não havia acontecido nenhuma vez.
Durante coletiva nesta tarde, o governo foi questionado sobre os dados, já que, após a divulgação da informação na segunda-feira, houve o registro de mortes por covid-19 na cidade de São Paulo. O coordenador do Comitê Científico, João Gabbardo, explicou a divergência.
“Neste dia [8], no sistema oficial do governo, não teve o registro de nenhum óbito. Mas pode ter alguma divergência, pois há município que usa como critério o dia do óbito. Já nós do governo usamos a data da notificação. Então essa é a única divergência que pode ocorrer”, destacou Gabbardo.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também ressaltou que a capital usa o critério do dia da morte e não da data em que ela é inserida no sistema. “Realmente no dia 8 não havia nenhuma notificação, mas depois entrou pela prefeitura como ocorrência. Mas o importante é ressaltar que os índices estão caindo cada dia mais”, disse.
Cidades sem mortes
O governador João Doria também anunciou que 86% dos municípios de São Paulo, ou seja, 553 prefeituras não registraram óbitos por covid-19 na última semana. Segundo ele, esse balanço reflete o impacto positivo da campanha de vacinação para redução dos casos graves e mortes pela doença.
“Este é mais um indicador claro, objetivo e incontestável do impacto positivo do esforço de vacinação no estado. São Paulo comprou mais vacinas, acreditou na vacina e entendeu que desde o início a vacina salvaria as pessoas e a economia. E nós acertamos”, afirmou Doria.
Os novos registros não significam, no entanto, que não ocorreram mortes nesta data, mas sim que nenhuma foi computada em sistema neste período.