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Delta: infectado em SP estava em home office e não viajou

Mutação mais transmissível pode estar em circulação | Cris Faga/Folhapress S√ÉO PAULO, SP, 02.07.2021: CLIMA-FRIO-SP - Pedestres agasalhados caminham pela avenida Paulista, regi√£o central de S√£o Paulo, na manh√£ desta sexta. Term√¥metros registram m√©dia de 14¬∞C na regi√£o. (Foto: Cris Faga/Folhapress)

A Prefeitura de São Paulo ligou o alerta para a possibilidade de que a variante delta do novo coronavírus já esteja em circulação pela cidade.

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O primeiro caso da cepa indiana na capital foi confirmado anteontem e trata-se de um homem de 45 anos, que está trabalhando em home office e que não viajou recentemente para o exterior.

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A hipótese de que tenha havido a transmissão comunitária ainda não foi confirmada, pois as autoridades de saúde estão rastreando os contatos do paciente.

Ele mora com outras três pessoas, que tiveram contatos com terceiros e também estão com covid-19. As amostras ainda estão sendo analisadas para identificar as cepas. Todos estão bem. 

“Tudo leva a crer que não houve contaminação por viagem ou outra atividade externa. Também não há notícia de familiares dele que tenham viajado até o momento”, afirmou a secretária-executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde da prefeitura, Sandra Sabino.

“É uma luz de alerta importante para a toda a população porque se, de fato, não houve contato com viajantes e essa cepa já estiver circulando entre paulistanos, é preciso que redobremos os nossos cuidados, evitando aglomerações e usando máscara e álcool gel.”

Mais transmissível

Primeiramente identificada na Índia, a variante delta tem preocupado todo o planeta por conta do poder de se espalhar rapidamente. A cepa levou o sistema de saúde indiano ao colapso e já causou surtos de covid-19 no Reino Unido e em Israel.

Em São Paulo, o maior risco é o de provocar uma terceira onda – embora por aqui a predominância seja da variante gamma (antiga P.1, descoberta em Manaus), que é responsável por mais de 90% dos novos casos.

Todas as vacinas em uso hoje no Brasil são capazes de evitar casos graves de covid-19, segundo a Anvisa, ainda que a taxa de eficácia possa sofrer alterações diante das novas variantes.

Os sintomas também podem mudar. Pacientes infectados pela delta dizem sofrer dores de cabeça mais intensas, porém sem tanta tosse, perda de olfato ou paladar. A cepa indiana chegou ao Brasil há um mês e provocou ao menos duas mortes.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pediu ontem ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que inclua a vacinação de crianças e adolescentes contra a covid-19 no PNI (Programa Nacional de Imunizações). A solicitação foi feita durante audiência em Brasília (DF).

É a partir das orientações descritas no plano do governo federal que os estados e municípios traçam as suas estratégias de vacinação.

Na capital, se houver a autorização, a ideia é iniciar a imunização das crianças e adolescentes entre 12 e
17 anos só depois que for concluída a distribuição de doses para os adultos – o que está previsto para ocorrer a partir de setembro. “Se continuarmos nesse ritmo de vacinação, talvez até consigamos antes, mas estamos trazendo essa discussão porque já é hora de pensarmos no próximo passo”, disse o prefeito.

Nunes defendeu que crianças e adolescentes com comorbidades tenham prioridade e lembrou que jovens estão sendo vacinados em outros países. A Anvisa já aprovou o uso da Pfizer em crianças com 12 anos ou mais no Brasil. O Instituto Butantan também fez pedido depois que estudo chinês mostrou que a CoronaVac é segura e eficaz a partir dos 3 anos.  Metro com Band

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