O Ministério Público busca acordo com a Enel depois de receber, em média, 700 reclamações por semana contra a empresa de distribuição de energia elétrica da Grande São Paulo. A Promotoria de Justiça do Consumidor de São Paulo abriu inquérito civil para apurar práticas abusivas.
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O objetivo é parcelar automaticamente os débitos em aberto dos clientes e obter a devolução do dinheiro daqueles que pagaram a mais.
Com a interrupção do serviço de leitura em março por causa da pandemia do novo coronavírus, o consumidor recebeu a conta com o faturamento pela média.
No entanto, segundo a Enel, em geral, houve aumento no consumo e agora esse valor, que não foi cobrado antes, está sendo arrecadado.

Desde a semana passada, quando o atendimento presencial foi retomado, longas filas de clientes que pretendem questionar o alto valor das contas foram vistas nas lojas. Em entrevista à Rádio BandNews FM, o promotor Marcelo Orlando Mendes disse que o inquérito visa resolver tudo rapidamente, sem necessidade de ação judicial.
O Procon-SP já assinou um acordo com a Enel para parcelar automaticamente, em até 12 vezes, a conta de luz de todos que reclamarem ao órgão sobre os valores de julho.
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A concessionária também não vai cortar a energia elétrica dos inadimplentes até o dia 31 deste mês.
O promotor Marcelo Orlando Mendes recomenda ao consumidor que já tinha parcelado as contas antes do acerto com o Procon a fazer uma nova queixa ao órgão.
As lojas da Enel passaram a atender com hora marcada para diminuir as filas. O agendamento deve ser feito no site eneldistribuicaosp.com.br. As agências de Santana, São Miguel, São Bernardo e Santo André tiveram horário de funcionamento ampliado. Elas atendem de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h30, e aos sábados, das 9h às 15h.