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Como supermercados se prepararam para atender o público na quarentena

Cristiane Mattos/O Tempo/Folhapress

Um serviço essencial, que não pode parar, e uma preocupação dupla: clientes e funcionários. Supermercados de todo o país tiveram um prazo muito pequeno para implementar uma série de mudanças relacionadas ao coronavírus, com o objetivo de viabilizar as operações.

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A Rede Assaí Atacadista, por exemplo, antes mesmo da chegada da covid-19 ao Brasil, montou um comitê para lidar com a situação e comprou 6 milhões de máscaras para mais de 44 mil funcionários em 100 cidades.

O diretor de operações da rede, Anderson Castilho, conta que houve uma padronização das medidas de higienização dessas unidades. Além de fiscais sanitários, a empresa reforçou o quadro com 700 funcionários na área de limpeza e outros 3 mil temporários para substituir os colaboradores afastados por serem do grupo de risco.

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Em São Paulo, mais de 4 mil mercados fazem parte da Apas (Associação Paulista de Supermercados). O órgão elaborou cartilhas para os comerciantes com dicas para aumentar a segurança de funcionários e clientes. O presidente da entidade, Ronaldo dos Santos, destaca que, dos quase 500 mil funcionários, com 98% saindo de casa para trabalhar, poucos tiveram covid-19.

No começo, houve uma grande procura por supermercados, pois os clientes estavam com medo da pandemia e chegaram a estocar mantimentos. Agora, a situação mudou. Segundo a Apas, apesar da queda no movimento, houve uma grande procura pelo serviço de delivery, mas o tempo de espera pelas entregas ainda é grande: em alguns mercados chega a 15 dias. A Associação avalia que isso deve melhorar em breve com investimentos em logística.

O diretor de marketing do Pão de Açúcar, Othon Vela, afirma que a rede de supermercados adotou todas as recomendações sanitárias, incluindo as mais rígidas, como limitar o número de pessoas dentro das lojas. A rede também separou horários específicos para atender somente pessoas que integram o grupo de risco para infecção por coronavírus. A empresa ainda apostou em ampliar o comércio eletrônico e os serviços de entrega.

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