O terceiro ato contra o aumento das tarifas do transporte público na cidade de São Paulo, no fim da tarde de quinta-feira (16), terminou em tumulto e acusações de excesso de força da PM (Polícia Militar) contra manifestantes mulheres.
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O protesto teve início em frente ao Theatro Municipal, seguindo para a avenida Paulista. A PM, porém, não permitiu que o protesto bloqueasse a via, usando balas de borracha e bombas de efeito moral contra grupo que furou bloqueio.
Na dispersão, agências bancárias foram depredadas. A polícia deteve 10 pessoas, sendo dois adolescentes, por desacato e lesão corporal. Uma soldado ficou ferida, segundo a PM.
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Imagens de manifestantes mostram que, durante o tumulto, a fundadora do PerifaCon, Andreza Delgado, é agredida com golpes de cassetete e puxada pelo cabelo por policiais. Em outro vídeo, outra mulher é imobilizada pelo pescoço.
Sai da DP e agora estou Indo fazer corpo de delito pq estou bastante machucada.
— andreza (@andrezadelgado) January 17, 2020
Ainda não sei do que a polícia está me acusando.
A SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) vai analisar as imagens para definir se abre um inquérito de investigação. Em nota, a pasta afirmou que sua atuação no ato visou “garantir o direito à livre expressão e a segurança de todos”.
A manifestação, organizada pelo MPL (Movimento Passe Livre), que encabeçou os protestos contra o aumento das tarifas em 2013, pede a suspensão do aumento de R$ 0,10 nas passagens dos ônibus da capital e do sistema metropolitano. Neste ano, a tarifa subiu de R$ 4,30 para R$ 4,40.