Manifestantes saquearam uma casa do ex-presidente da Bolívia Evo Morales na noite deste domingo (10).
ANÚNCIO
Imagens divulgadas pelo jornal «El Deber» mostram dezenas de pessoas dentro do imóvel, que teve os cômodos revirados e as paredes pichadas com xingamentos como «filho da p…».
LEIA MAIS:
Primeira Delegacia da Defesa da Mulher tem nova sede em São Paulo
Prefeitura de SP tomba Complexo do Carandiru e 29 imóveis na região central
Recomendado:
Rotina de medo e ameaças: mãe diz que filha assassinada a tiros por mecânico vivia apavorada
Caso von Richthofen: único culpado ainda preso, Cristian Cravinhos quer voltar ao regime aberto
Jovem confessa que matou e enterrou corpo de namorada por suspeitar de traição, no litoral de SP
Em seu perfil no Twitter, Morales denunciou que «grupos violentos» assaltaram sua residência. «Os golpistas que assaltaram minha casa e a de minha irmã, incendiaram residências, ameaçaram ministros e seus filhos de morte e humilharam uma prefeita agora mentem e nos culpam pelo caos e violência que eles provocaram», escreveu o ex-presidente.
Manifestantes encapuzados também invadiram a Embaixada da Venezuela na Bolívia. A Colômbia pediu uma reunião de emergência do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para discutir a crise.
A OEA detectou fraudes na eleição presidencial de 20 de outubro, o que fez Morales convocar um novo pleito. Apesar disso, pressões das Forças Armadas, da Polícia, da oposição nas ruas e até de sindicatos pró-governo o forçaram a renunciar.
Todos os integrantes da linha sucessória também entregaram seus cargos, e a Bolívia está sem comando no momento. A Constituição determina que uma eleição seja convocada em até 90 dias no caso de a vacância da Presidência não ser preenchida pelo vice ou pelos mandatários do Senado ou da Câmara.