Moradores do entorno do Parque da Água Branca, na zona oeste de São Paulo, tentam evitar a construção de dois prédios de mais de 20 andares no bairro. A reportagem é da Rádio Bandeirantes nesta terça-feira (3).
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Eles alertam que os empreendimentos vão afetar o bioma, provocando o secamento de nascentes, como já aconteceu no passado.
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Em 2002, obras de um edifício causaram o esvaziamento de um chafariz e centenas de peixes morreram.
O engenheiro químico André Céspedes, da Sociedade Amigos de Perdizes, vê o risco de que o mesmo aconteça agora. As casas ao redor do parque já foram demolidas e as obras estão a ponto de começar.
O Parque da Água Branca é tombado pelo Condephaat como patrimônio cultural, histórico, arquitetônico, turístico, tecnológico e paisagístico. O advogado Thiago Boverio lembra que a área verde pode desaparecer em meio aos novos prédios.
O Ministério Público entrou na discussão. No fim de maio, a Promotoria de Habitação e Urbanismo acatou a queixa dos moradores e abriu investigação, pedindo esclarecimentos.
A prefeitura de São Paulo foi procurada pela Rádio Bandeirantes, mas não respondeu. Já a construtora Kallas, em nota, diz ter preenchido todos os critérios legais, ambiental e urbanístico, e que obteve aprovação em todos os órgãos municipais.