Os focos de incêndio no mês de agosto na Amazônia quase que triplicaram na comparação com o ano passado e bateram recorde dos últimos nove anos. Os dados são do programa de queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
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De acordo com o órgão, foram 30.901 focos de incêndio até o último sábado ante 10.421 em agosto do ano passado – o que significa uma alta de 196%.
O total registrado neste mês de agosto de 2019 é ainda o mais alto desde agosto de 2010, que foi um ano de estiagem severa e que registrou 45.018 focos de incêndios na Amazônia. O total de focos também supera a média histórica para o mês, que é de 25.853, considerando o período entre 1998 e 2018.
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Comitiva
Na sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) alterou o decreto que havia publicado dois dias antes e que proibia queimadas legais (usadas, principalmente, para abrir pastos ou lavouras) em todo o país pelos próximos 60 dias. O novo texto veda a prática apenas na região da Amazônia e libera para o restante do Brasil.
Os incêndios florestais estão no centro de uma crise que envolve o governo federal e também tem repercussões internacionais.
Hoje e amanhã, uma comitiva formada por nove ministros vai se reunir com os governadores do estados da Amazônia para buscar soluções para as queimadas e também estimular o desenvolvimento econômicos da região. Órgãos como o Ibama (meio ambiente), Funai (proteção dos índios) e Incra (reforma agrária) também participam.