Esta reportagem contém imagens fortes
Mais uma vez, uma triste foto alertou para o drama da crise migratória que atinge diversos países. Um migrante salvadorenho e sua filha morreram afogados ao tentar atravessar o Rio Bravo na cidade de Matamoros, em Tamaulipas, no México. A família cruzava a fronteira com os Estados Unidos para chegar à cidade de Brownsville, no Estado do Texas.
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A imagem é chocante e pode ser forte para alguns leitores. Nela, a criança, que tinha por volta de dois anos, aparece com o braço apoiado no pescoço do pai.
![](https://www.metroworldnews.com.br/resizer/v2/45AOZAFAU5HO3BC4QM364FU74E.jpg?auth=7c41a66ac3f4f39531ce080d96dfca65dded1e15ac776ed5d40b79633f4d4e44&width=800&height=600)
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O homem se chamava Óscar Martínez Ramírez, tinha 25 anos e era cozinheiro. A esposa e mãe da criança, Tania Vanessa Ávalos, presenciou a tragédia e contou ao jornal mexicano “La Jornada” como tudo aconteceu. Segundo ela, o marido havia conseguido fazer a travessia com a filha, Valeria, que neste momento já estava em terra firme. Quando voltou para buscar a companheira, a menina se assustou e pulou na água. Mesmo tentando salvá-la, os dois foram arrastados por uma forte correnteza e não resistiram.
A família aguardava a oportunidade de solicitar asilo nos Estados Unidos. Os corpos foram encontrados no lado mexicano da fronteira, a cerca de 500 metros de onde desapareceram.
Menino sírio
![](https://www.metroworldnews.com.br/resizer/v2/WGDPGUA44VDMLCR4JQK7CSEXJ4.jpg?auth=80997de4c332dc49cdcaa6e21a67ce87022c0059cf02a9c4a7f3556dedcd91b1&width=800&height=533)
O caso lembra outro triste episódio de quem tenta sair do país em busca de uma vida melhor — ou menos pior. Em 2015, no auge da crise migratória na Europa – com 1,26 milhão de solicitações de refúgio na UE – a imagem de Aylan Kurdi, um menino sírio de 3 anos que foi encontrado morto em uma praia da Turquia causou indignação pela perceptível falta de ação das nações desenvolvidas em ajudar os refugiados.
Aylan e sua família — o irmão de cinco anos, Galip, a mãe, Rehan, e o pai, Abdullah — viajavam desde a Turquia em dois barcos com destino à Grécia. Todos morreram, com excessão do pai.