A Polícia Federal desmantelou ontem o esquema de uma quadrilha que traficava drogas para a Europa por meio do aeroporto de Guarulhos e lavava o dinheiro usando principalmente salões de beleza. O valor movimentado em pouco mais de um ano e meio foi de cerca de R$ 30 milhões.
A operação foi denominada Aplique porque boa parte do dinheiro era lavado por salões de cabeleireiro, segundo a PF. Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em São Paulo e Campo Grande (MS). Nove carros e cinco imóveis foram apreendidos.
A investigação começou em julho de 2017, quando a PF flagrou cinco pessoas esperando um helicóptero com grande quantidade de dinheiro vivo – a aeronave abortou o pouso. No dia seguinte, uma pessoa foi presa no Guarujá (litoral de SP) com 40 kg de cocaína. E assim seguiu a investigação.
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Em outubro de 2018, o homem considerado líder da quadrilha foi preso. Na mesma ocasião, cerca de 40 kg de cocaína tinha sido apreendida em bagagens que iam à Europa.
Duas pessoas que transportavam a droga foram presas em flagrante.
Segundo o delegado da PF Marcelo Ivo de Carvalho, as malas eram entregues às pessoas que iam transportá-las, as “mulas”, em um apartamento em São Paulo.
“As mulas transportavam em média entre 30 kg e 40 kg que eram enviadas a Portugal pelo aeroporto de Guarulhos. As drogas eram embaladas da mesma forma”, afirmou Carvalho.
O delegado da PF Luiz Carlos Tempestini disse que a investigação por lavagem de dinheiro foi paralela. Esse crime era realizado por meio de empresas que operavam regularmente – especialmente os salões – e outras que eram fantasmas.