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Investigada na Lava Jato vai comandar o Ibirapuera

Foto: Zé Carlos Barretta/Folhapress

Investigada na operação Lava Jato, a construtora Construcap venceu a licitação de concessão do parque Ibirapuera (zona sul) com uma proposta de R$ 70,5 milhões para administrar a área verde pelos próximos 35 anos. Os envelopes com as ofertas foram abertos ontem pela Prefeitura de São Paulo.

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Além do Ibirapuera, o edital prevê que o vencedor assuma a gestão dos parques Lajeado (zona leste), Eucaliptos (zona sul) e Jacintho Alberto, Tenente Brigadeiro Faria Lima e Jardim Felicidade, todos na zona norte. O concessionário não poderá cobrar ingresso pela entrada do público nas áreas livres, mas poderá explorar serviços como estacionamento e alimentação, além de fazer obras de melhorias e se responsabilizar pela manutenção.

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Nesta primeira fase, apenas as propostas foram conhecidas. Agora, a prefeitura irá analisar a documentação da empresa para concluir o processo. Na última sexta-feira, o governo fechou acordo com o Ministério Público e o vereador Gilberto Natalini (PV) prevendo que o contrato só será assinado após elaboração de um plano diretor definindo as possibilidades de uso do parque Ibirapuera – e que terá de ser seguido pelo concessionário.

A Construcap foi envolvida na Lava Jato em 2016, quando um dos seus ex-presidentes foi preso acusado de participação em esquema de cartel para fraudar contratos da Petrobras. O ex-executivo foi condenado no ano passado a cumprir 12 anos de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Por conta deste antecedente, a participação da empresa na licitação do Ibirapuera pode ser questionada na Justiça.

Em nota, a Construcap afirmou que aguarda a conclusão do processo de concessão e que “pretende entregar à população espaços públicos requalificados, com observância à legislação ambiental em vigor, preservação da fauna, da flora e da paisagem tombada pelo patrimônio histórico”.

A empresa afirmou, ainda, que “tem convicção da absolvição de seu executivo pelo tribunal recursal, assim como já aconteceu com a companhia, que foi absolvida das mesmas acusações pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral”.

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