A juíza da 3ª Vara de São Bernardo Ana Lúcia Iucker Meirelles de Oliveira converteu na tarde de ontem em preventiva a prisão temporária da vereadora de Santo André Elian Santana (SD). Ela está detida desde o dia 26 de novembro na sede da Polícia Federal em São Paulo acusada de manter em seu gabinete na Câmara um esquema nacional de fraudes para antecipar a aposentadoria de dezenas de pessoas.
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A prisão temporária previa até 10 dias de detenção. Com a conversão para preventiva, ela fica na carceragem por tempo indeterminado.
Outros dois acusados também continuarão presos na PF. Apenas a chefe de gabinete da vereadora, que cumpria a temporária, foi libertada com aplicação de medidas cautelares.
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Fraudes
O grupo é investigado na Operação Barbour, realizada por força-tarefa entre Polícia Federal, Ministério Público Federal, Coordenação de Inteligência Previdenciária e Advocacia-Geral da União.
A PF diz que a quadrilha prometia acelerar aposentadorias e que os interessados eram recebidos no gabinete de Elian pela chefe de gabinete e por um homem que trabalhava para ela de forma não oficial.
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O quarto detido é um funcionário do INSS da agência de Diadema, que inseria documentos falsos sobre condições insalubres ou perigosas no processo para antecipar em até cinco anos a aposentadoria. O grupo cobrava, de acordo com a força-tarefa, entre R$ 9 mil e R$ 15 mil dos interessados.
Mas a rapidez com que os processos eram liberados pelo funcionário, cerca de cinco minutos, e a grande quantidade de benefícios concedidos para outros estados com uso de procuração na agência chamaram a atenção do setor de inteligência do INSS, que acionou a Polícia Federal.
O delegado Marcelo Ivo de Carvalho afirma que o dano aos cofres públicos pode alcançar R$ 170 milhões.
A defesa da vereadora ainda não se pronunciou sobre as acusações.