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Conheça Salam, a robô da ONU no Facebook que conversa com brasileiros sobre refugiados

Chatbot ‘Salam’ é lançado em parceria com o Acnur, da ONU, para gerar empatia e fornecer informações sobre a trajetória de refugiados no país

Reprodução

O Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) e o Facebook estão lançando em primeira mão no Brasil um “chatbot” (programa de computador que simula um ser humano na conversação com as pessoas) para divulgar a realidade vivida por refugiados em todo o mundo.

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O chatbot, ou simplesmente “bot”, é uma mulher, chama-se “Salam Nuri”, tem 32 anos de idade, é casada, tem três filhos e conseguiu chegar ao Brasil com os últimos recursos de que dispunha ao deixar a Síria, onde era professora de letras e trabalhava como assistente de tradução em uma empresa privada.

Segundo a chefe da Unidade de Parcerias do Acnur no Brasil, Natasha Alexander, o perfil de Salam – paz, em árabe – é resultado da entrevista com cinco mulheres sírias refugiadas que hoje vivem no Brasil. “Os sírios respondem por 39% da população de refugiados, é a maior no país”, afirma Natasha.

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Salam “dialoga” virtualmente com as pessoas sobre o seu passado na Síria e o presente no Brasil, revelando curiosidades que nunca esperava vivenciar, as dificuldades e conquistas que aos poucos vão garantindo sua sobrevivência e seu futuro no país.

“Durante a conversa, a Salam faz perguntas ao interlocutor, e, de acordo com a resposta, que pode ser ‘sim’ ou ‘não’, ela continua com outras informações”, diz a diretora de Operações da Nama, empresa desenvolvedora de inteligência artifical para chatbots, Marcela Fiamenghi. “De tempos em tempos, iremos adicionando informações, de acordo com as principais dúvidas que surgirem.”

Segundo o gerente de Políticas Públicas do Facebook no Brasil, Eduardo Lopes, o país tem 127 milhões de usuários da rede, o que permite um amplo trabalho de sensibilização e formação de empatia dos brasileiros para o drama dos refugiados.

Natasha diz que conquistar a empatia é o primeiro passo do Acnur, para, em seguida, buscar apoio e contribuição à causa dos refugiados. “O Brasil é um ‘case’ de capacidade de integração local”, afirma a oficial. “As outras frentes de ação do Acnur são emergência e salvaguarda de direitos.”

Para entrar em contato com a Salam, basta iniciar uma mensagem no perfil do Facebook.

 

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