É bastante comum encontrar em redes sociais, como Facebook e Instagram, resultados de procedimentos estéticos aparentemente milagrosos. Porém, o que essas publicações cheias de curtidas não mostram é que mesmo as menores intervenções podem oferecer riscos, se não atenderem aos critérios médicos.
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O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Níveo Steffen, comentou sobre o caso «Dr. Bumbum» em entrevista ao programa «90 Minutos», da Rádio Bandeirantes, nesta quarta-feira (18). Segundo ele, cada vez mais médicos divulgam seus atendimentos pelas redes sociais, algo a que a medicina ainda está se adaptando.
Porém, o médico alerta para uma grande proliferação de informações mentirosas nesses canais. «Observem que há um grande número de pacientes que seguem esse médico. As pessoas, muitas vezes, têm vontade de realizar algum procedimento estético e são ludibriadas por essas chamadas.»
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«Além dos casos fatais, há inúmeros pacientes sequelados pelo resto da vida, com problemas de necrose, de dor, reações inflamatórias nos locais em foram injetados esses produtos.»
Ouça aqui a entrevista completa
De acordo com o Código de Ética Médica, é vedado ao profissional «fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, em meios de comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente.»
Steffen também chama a atenção para sinais a que os pacientes devem estar atentos. É recomendado pesquisar sobre o histórico do médico com que se pretende realizar um procedimento, e verificar se ele, no caso de uma cirurgia plástica, é associado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. A consulta é possível pelo site da SBCP.
Além disso, é importante que observar que são no mínimo 11 anos para a formação de um cirurgião plástico.
Outra recomendação é não se deixar influenciar pela popularidade desses profissionais. «Fazer consultas por mídias sociais, falar em consultas gratuitas vai contra o processo médico do exercício da medicina.»
Denis César Barros Furtado, de 45 anos, conhecido como «Dr. Bumbum», e de Maria de Fátima Barros Furtado, de 66 anos, a mãe dele, estão sendo investigados pela morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos, que se submeteu a um procedimento estético, no apartamento do médico, na Barra da Tijuca.