A Dream Factory, empresa que venceu a licitação para gerir a verba de R$ 20 milhões para organizar o Carnaval de rua de São Paulo deste ano, foi multada ontem em R$ 15,8 mil pela prefeitura por ter instalado câmeras de monitoramento de modo irregular.
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No domingo, o estudante Lucas Silva, 22 anos, morreu eletrocutado depois de encostar em um poste com duas destas câmeras durante a passagem de bloco na rua da Consolação, no centro. A morte está sendo investigada pela polícia.
Em nota, a secretaria das Prefeituras Regionais informou que “a Prefeitura Regional Sé autuou a empresa Dream Factory em R$ 15.803,51 pela execução de obra ou serviço em via pública sem o Termo de Permissão de Uso e Alvará para a implantação de equipamentos, de acordo com as leis 13.614/2003 e 15.244/2010”.
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As câmeras para o monitoramento do Carnaval estão sendo instaladas pela empresa GWA System, contratada pela Dream Factory. O contrato prevê a colocação de 200 equipamentos.
Até ontem, dos 110 aparelhos já instalados, 38 haviam sido desligados pela prefeitura por estarem irregulares.
No poste em que o jovem levou o choque, as câmeras foram penduradas junto à sinalização de trânsito, sem aval da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Além disso, a ligação foi feita a partir de um “gato”, com luz furtada de um poste de energia, segundo o prefeito João Doria (PSDB).
Outro lado
A Dream Factoty vem afirmando desde o dia do acidente que realizou as instalações de acordo com as exigências da prefeitura. A empresa não foi localizada para comentar a multa. A GWA admitiu ter feito o serviço sem autorização, mas negou ter feito “a gambiarra de fio” no poste.
Polícia Civil decreta sigilo
A Polícia Civil decretou ontem sigilo no inquérito que investiga as causas da morte do estudante Lucas Silva. Empurrando a responsabilidade entre si desde o dia do acidente, a Prefeitura de São Paulo e as empresas envolvidas têm dito que vão aguardar a conclusão do trabalho policial para se pronunciarem sobre
a morte.