Um submarino militar argentino relatou um mau funcionamento elétrico e voltava para a base quando desapareceu na semana passada no sul do Atlântico, disse um porta-voz naval nesta segunda-feira, dia em que tempestades complicaram os esforços de busca da embarcação e seus 44 tripulantes.
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As esperanças de se encontrar o submarino ARA San Juan, que desapareceu na quarta-feira no litoral da Argentina, diminuíram nesta segunda-feira, quando a Marinha informou que as chamadas via satélite detectadas no final de semana na verdade não procederam da embarcação.
Mais de uma dúzia de barcos e aeronaves de Argentina, Estados Unidos, Reino Unido, Chile e Brasil se uniram aos esforços de busca. As autoridades se concentraram na verificação das águas pelos ares, já que as tempestades dificultaram a tarefa para os barcos.
Gabriel Galeazzi, um comandante naval, disse aos repórteres que o submarino veio à tona e comunicou um problema elétrico antes de sumir a 432 quilômetros do litoral.
“O submarino emergiu e relatou um mau funcionamento, e é por isso que seu comando terrestre ordenou que ele voltasse à sua base naval em Mar del Plata”, afirmou
Galeazzi disse que é normal submarinos sofrerem com o mau funcionamento dos sistemas. “Um navio de guerra tem muitos sistemas auxiliares, para que se passe de um para outro quando há uma pane”, explicou.
Familiares dos tripulantes se reuniram na base naval de Mar del Plata à espera de notícias.
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Comunicações de satélite intermitentes foram captadas no sábado, e a Marinha disse que provavelmente partiram do submarino, mas na verdade o ARA San Juan enviou seu último sinal na quarta-feira, disse Enrique Balbi, porta-voz da Marinha.
Os chamados detectados “não corresponderam ao telefone via satélite do submarino San Juan”, afirmou ele nesta segunda-feira.
O ARA San Juan foi inaugurado em 1983, quando era o mais novo dos três submarinos da frota da Marinha. Construído na Alemanha, ele passou por uma manutenção em 2008 na Argentina.
Essa manutenção incluiu a substituição de seus quatro motores a diesel e seus motores elétricos de hélice, de acordo com a publicação especializada Jane’s Sentinel.