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JBS infla lista de supostos ataques à operação Lava Jato

A investigação contra o presidente Michel Temer (PMDB) por supostamente aprovar a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e concordar com outros crimes do dono da JBS, Joesley Batista, é só uma entre várias que apuram tentativas políticas de impedir o avanço da Lava Jato.

Todo o comando da base aliada dos governos petistas tem contra si algo nesse sentido: além de Temer, os ex-presidentes Lula, Dilma e Sarney e os senadores Renan Calheiros e Romero Jucá (PMDB), além de Cunha, são suspeitos de obstrução à Justiça. Todos negam.

O leque de acusações é variado: comprar silêncio de potenciais delatores, cooptar membros do Judiciário para soltar presos ou influenciar em processos, antecipar informações a investigados e intimidar testemunhas.

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“O que a gente percebe são reações de quem está sendo investigado”, avalia o procurador Rodrigo Chemim, doutor em Direito de Estado. Em abril, Chemim lançou o livro “Mãos Limpas e Lava Jato: a corrupção se olha no espelho”, que traça um paralelo entre a luta contra a impunidade na Itália, sufocada nos anos seguintes à famosa operação, da década de 1990, e a situação brasileira atual.

No caso de Temer e Joesley, Chemim avalia que a conduta do presidente pode caracterizar obstrução de Justiça e até corrupção.

No discurso em que rejeitou renunciar, Temer afirmou: “Em nenhum momento autorizei que pagassem a quem quer que seja para ficar calado”.

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