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Turquia ordena que Facebook bloqueie páginas com insultos a Maomé

A justiça turca ordenou que o Facebook bloqueie as páginas cujo conteúdo consista em um insulto para a imagem de Maomé e ameaçou bloquear o acesso à rede social na Turquia se a empresa não cooperar, informaram nesta segunda-feira os meios turcos.

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O mandado do tribunal de Ancara, emitido no domingo à noite, já foi comunicado à autoridade administrativa encarregada das telecomunicações (TIB) e aos provedores de acesso, afirmou a agência governamental Anatolia.

Há 15 dias um tribunal de Diyarbakir proibiu a difusão na internet de uma caricatura do profeta publicada pelo semanário satírico Charlie Hebdo, que sofreu um atentado com 12 vítimas mortais no último dia 7 de janeiro.

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Em um número extraordinário da publicação francesa, publicado uma semana depois do atentado, um Maomé aflito segura um cartaz com o popular lema de solidariedade com as vítimas do ataque e de apoio à liberdade de expressão, «Je suis Charlie» (do francês, Eu sou Charlie).

Em Istambul, foi aberta uma investigação judicial contra dois jornalistas do diário opositor Cumhuriyet que havia ilustrado seus editoriais com o mesmo desenho de Maomé, julgado ofensivo em todo o mundo islâmico.

No ano passado, o governo islâmico-conservador turco bloqueou temporariamente o acesso às redes sociais YouTube e Twitter para impedir a difusão de gravações de conversas do atual chefe de Estado, Recep Tayyip Erdogan, que o envolviam em um escândalo de corrupção.

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