A Prefeitura de São Paulo instalou nesta quinta-feira a Comissão da Memória e Verdade. O objetivo é esclarecer o papel desempenhado por agentes públicos municipais, no período da ditadura militar, entre e 1964 a 1988.
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As investigações deverão apurar indícios de perseguição e demissão de funcionários por motivação política, ocultação de pessoas em cemitérios públicos municipais e a censura e repressão a educadores da rede pública municipal.
Os responsáveis pela condução dos trabalhos são os os jornalistas Audálio Dantas e Fernando Morais, os advogados César Cordaro e Ferminio Fecchio e a professora Tereza Lajolo. Eles foram escolhidos a partir de uma lista de 20 nomes, encaminhada ao prefeito Fernando Haddad.
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De acordo com o secretário municipal de Direitos Humanos, Rogério Sottili, São Paulo concentra cerca de 20% dos mortos e desaparecidos políticos registrados no Brasil. “Aqui operavam o Dops e o Doi-Codi e aqui foi encontrada a vala clandestina de Perus”, disse, lembrando das 1.049 ossadas achadas em uma vala clandestina em 1990, no cemitério Dom Bosco, em Perus. Segundo Sottili, 415 ossadas já estão no centro de arqueologia da Unifesp para tentativa de reconhecimento.
A sede da comissão será no edifício Ramos de Azevedo, onde é guardado o acervo documental da prefeitura.