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Jovens, de 18 a 29 anos, serão contratados pela prefeitura para atuar como olheiros nos dez bairros mais violentos da capital. Ao todo, serão 21 pessoas, que vão ajudar a implantar equipamentos de lazer e cultura nos locais, com o objetivo de prevenir a violência.
A ação faz parte do programa Juventude Viva, do governo federal, que procura reduzir o número de jovens mortos em regiões pobres do país por meio de políticas públicas. Os olheiros vão atuar nos bairros Capão Redondo, Campo Limpo, Jardim São Luís e Jardim Ângela, na zona sul, Pirituba e Brasilândia, na zona norte, Jardim Helena, Itaim Paulista, Itaquera e São Mateus, na zona leste. Eles deverão obrigatoriamente viver na região.
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Segundo o edital do projeto, o olheiro também deve “auxiliar na formação, manutenção e fortalecimento de uma rede de apoio e de denúncia das violações de direitos humanos”, mas a prefeitura afirma que eles não serão obrigados a fazer denúncias.
Para tratar dos casos de abusos policiais, a gestão Fernando Haddad (PT) quer criar uma ouvidoria para receber denúncias. O projeto deve ser enviado à Câmara Municipal este semestre.
Para a Secretaria Municipal de Direitos Humanos, a população tem medo de fazer a denúncia aos órgãos do governo estadual, que são próximos aos que cometeram o abuso.
A Secretaria Estadual da Segurança Pública afirmou achar válida a iniciativa, mas disse que já tem seus próprios canais de denúncia.