A pandemia mudou a vida como conhecemos, principalmente as relações, os hábitos de consumo e as rotinas. Com mais tempo em casa, foi possível observar melhor o ambiente e promover mudanças, sobretudo para promover um conforto mental.
Segundo a arquiteta Karla Patrícia, ficar “preso” em casa fez com que os proprietários repensassem os espaços do lar. “Tivemos muitas pessoas que passaram a trabalhar de casa e isso, num primeiro momento, gerou em muita gente a sensação de isolamento e até depressão. As pessoas perceberam que mesmo ficando mais tempo em casa, precisavam de ambientes mais arejados até para se ter o contato com a luz do sol, o que é muito saudável e recomendado pelos médicos, e para reduzir também a sensação de enclausuramento”, explica a arquiteta.
Diante do cenário, Karla diz que ambientes e itens que já estavam fora das tendências retornaram aos projetos de arquitetura, como as varandas e o uso de plantas naturais.
“Essa volta do uso da varanda reforça uma outra tendência: a presença de plantas, independentemente do tamanho do ambiente. As pessoas passaram a optar mais pelas plantas naturais, em detrimento das artificiais que são mais fáceis de cuidar. Com mais tempo em casa, consequentemente, passou-se a ter mais tempo para cultivar e cuidar das plantas e isso também virou uma válvula de escape psicológico para muita gente”, esclarece.
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Para a também arquiteta Júlia Gama, a covid-19 transformou fortemente a relação das pessoas com os espaços. Ela diz que os projetos atuais estão com o conceito biofilia, mais ligados à natureza. “As pessoas estão dando preferência aos ambientes mais arejados e integrados à natureza, com iluminação natural e valorização da sustentabilidade. Assim, a aposta é de ambientes mais clean e, ao mesmo tempo, aconchegantes e funcionais”, detalha Júlia.
“Temos hoje como uma tendência forte, áreas para higienização nas entradas das residências, como uma antessala para você tirar os sapatos, podendo conter também cabideiros para colocar as roupas que usamos na rua e não entrar com elas em casa. Esse hábito de separar a área externa da área interna, parece ter vindo para ficar, já voltamos ao velho hábito de tirar os sapatos antes de entrar em casa”, explica Júlia sobre um hábito que era comum antigamente.
Escritório
A arquiteta Karla comenta sobre o home office, que, segundo ela, veio para ficar. “Mesmo com muita gente retomando o trabalho presencial, o escritório vai ter muita utilidade em casa. É um ambiente, para quem tem filho, por exemplo, pode usar como sala de estudo ou então uma sala de games, algo que já vimos em muitos projetos”, sugere.
Júlia também concorda quanto ao escritório ser um espaço da casa que vai demorar a ser desmontado. “Acredito que, daqui para frente, a infraestrutura adequada para o ambiente do home office é essencial para aqueles que pretendem seguir com este modo de trabalho. O ideal é que se tenha um espaço reservado, com privacidade, buscando separar a vida profissional da pessoal. Uma alternativa é aproveitar um cômodo subutilizado ou algum que dê para adotar dupla funcionalidade , como uma varanda fechada ou um quarto de hóspedes”, finaliza Júlia.
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