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Saiba quais são as funções, problemas e soluções dos catalisadores automotivos

Não à toa o carro é considerado uma máquina, já que engloba entre 3 mil e 15 mil peças, dependendo do tamanho do veículo. Justamente por essa gama de elementos, fica praticamente impossível que um motorista conheça toda a tecnologia e engenharia de que seu carro dispõe. Assim, muitos sabem o ‘beabá’, mas o bom funcionamento de um veículo abrange muito mais que isso. E um dos elementos pouco conhecidos é o catalisador.

Para começar, é válido frisar que o catalisador passou a ser obrigatório no Brasil em 1992. A peça instalada entre a saída do motor (coletor) e o silenciador intermediário do escapamento tem o objetivo de transformar os gases tóxicos expelidos após a queima do combustível em compostos não prejudiciais. “A peça é fundamental para garantir a melhor qualidade do ar e a saúde da população, além de assegurar o correto funcionamento do veículo”, explica Salvador Parisi, especialista em escapamentos e catalisadores.

Mesmo obrigatórios e sendo nos últimos anos um dos pontos primordiais das revisões veiculares coordenadas pela Controlar – a empresa perdeu o contrato com a Prefeitura de São Paulo no início deste ano e, por ora, as revisões estão suspensas até que uma nova licitação seja feita –, os catalisadores ainda não estão em toda a frota brasileira. “Tem motorista que quando o catalisador estraga não recoloca a peça, pois é um item considerado caro (R$ 300 em média). Aí fica somente o escapamento direto com a peça quebrada lá”, diz Flávio Fujie, proprietário da mecânica Fujie Car, especializada no segmento. Essa prática, aliás, pode render multa e a perda de cinco pontos na CNH, de acordo com a legislação.

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Agora, como a peça estraga? De acordo com Parisi, diversos fatores podem interferir no desempenho do catalisador, entre eles, combustível de má qualidade ou adulterado, motor desgastado ou desregulado, mau funcionamento da injeção e até pancadas na carroceria. Além disso, se o veículo estiver apresentando perda de potência e consumo elevado de combustível pode ser que o catalisador não está cumprindo sua função. “O catalisador estraga por excesso de combustível  que não queima e acaba o encharcando; assim ele pode esquentar e chegar até a pegar fogo”, alerta Fujie.

Além de fazer a manutenção preventiva, os motoristas precisam ficar atentos ao sistema OBD-Br2 (Sistema de Diagnose de Bordo) e a luz indicadora de disfunção. Com isso, ao procurar uma oficina, o catalisador passará por testes de medição de gases e possíveis corrosões na cerâmica da peça. Se for constatado o problema, o item deve ser trocado – se não houver problemas deste tipo, um catalisador pode ter vida útil de até 80 mil quilômetros.

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