Esporte

Olimpíada de Tóquio: o melhor do Brasil é mesmo o brasileiro

Rebeca Andrade garantiu duas medalhas na ginástica Getty Images

Medalha, medalha, medalha. Delegação fecha os Jogos de Tóquio com 21 pódios, recorde para o país, que termina em 12º no quadro. Mulheres dão show à parte no resultado histórico

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O Brasil conseguiu uma proeza na Olimpíada de Tóquio: com as 21 medalhas conquistadas – 7 de ouro, 6 de prata e 8 de bronze, os atletas que competiram no Japão tiveram resultados melhores do que os obtidos há cinco anos, no Rio de Janeiro. O Brasil foi o 12º na classificação geral, uma colocação inédita na sua história. Só para efeito de comparação com as três últimas Olimpíadas: no Rio, foram 19 medalhas (o recorde até então); em Londres-12, foram 17 pódios; e em Pequim-2008, iguais 17.

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A arrancada brasileira foi consolidada no melhor final de semana da história do esporte olímpico brasileiro. No sábado, o dia começou em Tóquio com o ouro de Isaquias Queiroz, na canoagem. Seguiu, à tarde, com o espetacular nocaute de Hebert Conceição sobre o ucraniano Oleksandr Khyznniak. Culminou com a vitória da Seleção por 2 a 1 contra a Espanha, com o gol de Malcom, na prorrogação, na final do futebol masculino. Na madrugada de ontem, a conta aumentou com duas medalhas de prata: no vôlei feminino e no boxe, com Bia Ferreira.

“Tivemos a melhor campanha do Brasil em Jogos Olímpicos. Nós entregamos o que tínhamos como meta. Claro que o sarrafo subiu e queremos continuar com esse objetivo. Ficamos em 12º lugar entre 206 países”, explicou Paulo Wanderley, presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) em coletiva de imprensa após a conclusão do evento.

Mais do que a quantidade de medalhas, na campanha brasileira no Japão houve outras conquistas. Na ginástica artística, Rebeca Andrade foi a primeira ginasta brasileira a conquistar o ouro. Com três pódios, o boxe foi destaque. O futebol conquistou um bi olímpico que não acontecia desde os anos 1960, com a Hungria. Na prova dos 400 metros com barreiras mais competitiva da história, com três corredores cravando tempos abaixo do recorde olímpico, tinha um brasileiro no pódio: Alison dos Santos.

“O legado do Rio foi o de criar um método de trabalho que colocou os atletas brasileiros entre os melhores”, disse ao Metro Jornal, Jorge Bichara, diretor do COB. “Mas, para ser uma potência olímpica, ainda teremos que trabalhar muito porque, sem popularizar e valorizar o esporte, não se chega lá.”

Com 317 atletas de 35 modalidades, 54 conquistaram medalha e vão rachar os R$ 4,65 milhões de premiações do COB. Quem ganhou o ouro no individual vai receber R$ 250 mil, enquanto nos esportes coletivos o título valeu R$ 750 mil.

Lugar de mulher é… no pódio!

As brasileiras foram ao pódio 9 vezes, o que também representa um recorde feminino em Olimpíadas. Até então, a melhor marca era de 7 medalhas, obtidas em Pequim. De ouro foram três, com Martina Grael e Kahena Kunze (vela), Ana Marcela Cunha (maratona aquática) e Rebeca Andrade (ginástica artística). Esta última ainda beliscou uma de prata, assim como Rayssa Leal (skate), Beatriz Ferreira (boxe) e a Seleção de vôlei. Além delas, voltaram com o bronze Mayra Aguiar (judô) e a dupla Laura Pigossi e Luisa Stefani (tênis).

Entre os homens, o ouro veio com Ítalo Ferreira (surfe), Isaquias Queiroz (canoagem), Hebert Conceição (boxe) e a Seleção de futebol. Foram prata Kelvin Hoefler (skate); Pedro Barros (skate), enquanto Daniel Cargnin (judô), Fernando Scheffer (natação), Bruno Fratus (natação), Thiago Braz (salto com vara), Alison dos Santos (atletismo) e Abner Teixeira (boxe) terminaram com o bronze.

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