Tem dia que nada dá certo. E esse dia chegou para o Corinthians. Neste sábado (19), diante do Vitória, no Itaquerão, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, a equipe foi derrotada por 1 a 0 e perdeu uma invencibilidade de 34 partidas na temporada. O Corinthians não era derrotado havia cinco meses, desde 18 de março, quando caiu diante do Ferroviária, pelo Campeonato Paulista. Foi apenas a terceira derrota do time na temporada.
ANÚNCIO
Mesmo com o tropeço, a equipe saiu de campo aplaudida pela torcida e mantém a liderança do Brasileirão com 47 pontos, oito a mais do que o Grêmio, segundo colocado. O Vitória, com 22, continua na zona do rebaixamento.
O Corinthians esteve longe de apresentar o bom futebol que levou a equipe à liderança isolada do Nacional e ao título simbólico do primeiro turno da competição. Depois de duas semanas sem jogar por causa do adiamento da partida contra a Chapecoense, a equipe abusou dos erros de passes e da falta de criatividade para furar o bloqueio da adversário e acabou pagando caro.
Recomendado:
Efeito Gracyanne: seguidor sugere que Endrick, do Palmeiras, abra os olhos para mensagens da namorada com personal trainer
Rayssa Leal conquista etapa da Liga Mundial de Street Skate
Defesa de Dani Alves custou caro, diz revista especializada
O Vitória foi para o Itaquerão com a clara proposta de apostar nos contra-ataques e a estratégia do técnico Vagner Mancini deu certo. Já o Corinthians, desorganizado na recomposição, foi pego de surpresa aos 11 minutos. Tréllez recebeu a bola com liberdade pela direita e bateu cruzado. A bola ainda desviou em Guilherme Arana e Cássio nada pôde fazer.
Após o gol, o Vitória recuou ainda mais a marcação. O Corinthians rodava a bola atrás de uma boa chance na tentativa de encurralar o adversário, mas o máximo que a equipe conseguiu foram poucas chances claras de gol, todas interceptadas pelo goleiro Fernando Miguel.
Aos 30, o Corinthians até chegou a balançar a redes, mas Romero estava impedido após o desvio de Balbuena e o gol foi corretamente anulado. Apesar de ter mais posse de bola, a equipe errava passes decisivos na construção das jogadas. Para piorar, o Corinthians insistia exageradamente nas bolas levantadas na área e, assim, facilitava o trabalho da defesa do Vitória.
No intervalo, Guilherme Arana, com dores na coxa direita, foi substituído por Moisés. O Corinthians perdeu poder de fogo e força nas investidas pelo lado esquerdo do ataque. Aos quatro minutos, o time ainda foi beneficiado pela arbitragem. Kanu fez o segundo gol do Vitória, mas a arbitragem marcou impedimento de forma equivocada – Rodriguinho dava condição.
Sem criatividade, o Corinthians passou a pressionar o vitória na base do desespero. O técnico Fábio Carille foi para o tudo ou nada com duas substituições: trocou Romero por Marquinhos Gabriel e Balbuena (machucado) por Jadson. As alterações, no entanto, não surtiram efeito.
O Corinthians continuou errando muitos passes e, quando conseguia finalizar, parava em Fernando Miguel. O Vitória se manteve muito bem na defesa e jogava nos contra-ataques, mas não chegava a ser perigoso. Nos minutos finais bateu o desespero no Corinthians, que passou a jogar de forma desorganizada. Nem com seis minutos de acréscimos, o placar foi alterado. Melhor para o Vitória.
Derrotado, o Corinthians vai buscar a reabilitação na próxima quarta-feira, quando vai visitar a Chapecoense, na Arena Condá, em partida adiada da 20ª rodada. Já o Vitória voltará a jogar em 28 de agosto, fora de casa, contra o Coritiba.
FICHA TÉCNICA:
CORINTHIANS 0 x 1 VITÓRIA
CORINTHIANS – Cássio; Fagner, Balbuena (Jadson), Pedro Henrique e Guilherme Arana (Moisés); Gabriel, Maycon, Clayson, Rodriguinho e Romero (Marquinhos Gabriel); Jô. Técnico: Fábio Carille.
VITÓRIA – Fernando Miguel; Caíque Sá, Kanu, Wallace e Juninho; Ramon, Uillian Correia e Yago (Fillipe Soutto); Neilton (Carlos Eduardo), Tréllez e David (Patric). Técnico: Vagner Mancini.
GOL – Tréllez, aos 11 minutos do primeiro tempo.
ÁRBITRO – Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (GO)
CARTÕES AMARELOS – Ramon, Fillipe Soutto e Balbuena.
RENDA – R$ 2.580.574,90.
PÚBLICO – 42.075 pagantes.
LOCAL – Itaquerão, em São Paulo.