Indiana Jones. Neste sábado (12) faz 40 anos que o primeiro filme da franquia criada por George Lucas e Steven Spielberg chegou ao cinema, transformando em herói o arqueólogo bonitão que caçava relíquias e aventuras pelo mundo
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A cena foi prosaica e, talvez por isso mesmo, os deuses das bilheterias abençoaram: George Lucas e Steven Spielberg estavam construindo um castelo de areia no Havaí antes da estreia do primeiro “Star Wars” (1977) quando o criador de “E.T” confessou que sempre quis dirigir um dos filmes de 007.
“Bobagem”, respondeu Lucas, que tinha ideia muito melhor, uma aventura que já tinha nome: “Os Caçadores da Arca Perdida”. Demorou um pouco para o projeto sair do papel porque os estúdios não deram bola para a história criativa, mas considerada cara (US$ 20 milhões) e com pouco potencial de retorno. A Paramount topou e, com o roteiro desenvolvido por Lawrence Kasdan e o charme de Harrison Ford, nascia Indiana Jones, o arqueólogo meio nerd, meio galã, que completa 40 anos neste sábado (12), data em que chegou aos cinemas nos Estados Unidos.
Ambientado nos anos 1930, opôs o herói aos nazistas e acabou ditando os moldes do cinema de aventura que se seguiram naquela década e ainda rendendo uma franquia que acompanha Harrison Ford até a velhice (veja ao lado).
Do professor universitário de óculos e paletó, Indy se transformava em aventureiro de primeira ordem quando ia escavar relíquias sagradas escondidas em algum canto do mundo. Seu uniforme de herói, em vez de capa e máscara, era composto por chapéu Fedora, jaqueta de couro e, claro, chicote.
De aspirante de James Bond, como desejou Spielberg no começo, Jones ganhou uma persona muito mais carismática do que a do agente britânico – e igualmente popular entre as mulheres. Do tipo que mostra mais vulnerabilidades: de chiliques provocados por medo de répteis a surras homéricas, tudo com um quê meio clown.
Deu muito certo. De saída, “Os Caçadores da Arca Perdida” foi indicado ao Oscar de melhor filme e arrebatou o posto de melhor bilheteria de 1981.
Arca perdida, ícone encontrado
- Se no filme a tal da Arca da Aliança é localizada, não se sabe seu paradeiro real. Na Bíblia, relatos dizem que foi construída a mando de Moisés no século 13 a.C. para guardar as tábuas dos Dez Mandamentos e foram depositadas no Templo de Jerusalém
- O nome do personagem foi escolhido em homenagem ao cachorro de Marcia Lucas, mulher de George Lucas à época!
- George Lucas NÃO queria que Harrison Ford fosse Indiana. Como eles haviam trabalhado juntos em “American Graffiti” (1973) e “Star Wars”, ele não queria ter uma relação semelhante à de Robert De Niro e Martin Scorsese, que colaboraram em inúmeros filmes…
- … então, estava tudo certo para que Tom Selleck, de “Magnum”, assumisse o chapéu e o chicote. Mas compromissos com a série atrapalharam Selleck. Ford foi chamado. O resto é história
- Os trechos ambientados no Cairo foram filmados na Tunísia, onde todo o elenco e equipe caíram de cama com intoxicação alimentar. A exceção foi Spielberg, que levou um carregamento de comida enlatada da Inglaterra
- Por isso, sofrendo com dor de barriga, Harrison sugeriu encurtar uma cena de luta em que um espadachim o chama para briga. Inicialmente, ele roubaria a espada com o chicote e então finalizaria o inimigo. Mas ele só saca a arma e acaba com a história. Acabou sendo uma das sequências mais engraçadas
- A cena no Poço das Almas, quando Indy localiza a Arca da Aliança, contou com 7 mil répteis (entre cobras e lagartos). Os únicos animais peçonhentos eram as najas
- A roteirista Melissa Mathison, que era casada com Harrison Ford à época, foi visitar as filmagens e Spielberg contou-lhe uma ideia. Era o começo de “E.T. – O Extraterrestre” (1982)
- A famosa trilha escrita por John Williams é a reunião de dois temas, já que Spielberg amou as que o compositor sugeriu. “Raiders March”, a versão que aparece no filme, foi tocada pela London Symphony Ochestra
Os demais filmes
“Indiana Jones e o Templo da Perdição” (1984)
O segundo filme foi ambientado anteriormente aos eventos de “Caçadores da Arca Perdida”. Aqui, Jones está na Índia e tem como missão recuperar uma pedra roubada por um feiticeiro
“Indiana Jones e a Última Cruzada” (1989)
River Phoenix interpreta a versão jovem de Indy e, Sean Connery, seu pai, que foi sequestrado. A aventura é resgatar o patriarca e, de quebra, encontrar o Santo Graal
“Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (2008)
Com um grande salto no tempo, conhecemos Indy já envelhecido durante a Guerra Fria, em busca de um artefato místico que também está sendo disputado pelos soviéticos
“Indiana Jones 5” (2022)
Começou a ser rodado neste mês e, pela primeira vez, não tem Spielberg na direção, que ficou com James Mangold. Além de Harrison Ford, que terá completado 80 anos na estreia, o elenco tem Mads Mikkelsen (foto) e Phoebe Waller Bridge